Projeto oferta aulas de capoeira angola gratuitas no centro de Palmas e em Taquaruçu

Aulas ocorrem às quintas-feiras na Quadra 108 Norte, às 17h, em Palmas, e aos sábados, às 9h30, na Casa de Angola, no distrito de Taquaruçu.

Crédito: Divulgação

O grupo de estudos “Fica Tocantins” está com a oferta de aulas de capoeira angola gratuitas com a treinela Kamila Gomes às quintas-feiras na Quadra 108 Norte, às 17h, em Palmas, e aos sábados, às 9h30, na Casa de Angola, no distrito de Taquaruçu. O projeto pretende, através das vivências de capoeira angola e debates, ensinar sobre os valores civilizatórios africanos e construir estratégias para ações antirracistas.

 

O “Kinsa Kindezi – Chamada de Angola” é um projeto em homenagem a Makota Valdina, líder comunitária, mulher de terreiro, grande referência na tradição Kongo Angola. Kinsa significa cuidar, tomar conta, proteger. Kindezi  pode ser traduzido como a “arte de educar” ou conforme traduzido por Fu Ki-Au, a vida humana é entendida pela tradição africana bantu como um processo infinito de nascimento, desenvolvimento, transformação e responsabilidade.

 

O bem-estar da comunidade depende da saúde e integração da totalidade, do amadurecimento das pessoas que lhes constituem como membros. Nesta tradição, quem ensina também aprende em um processo de aprendizado conjunto. Assim, Kindezi é uma arte focada não apenas no cuidado dos jovens da sociedade, mas no crescimento do Ndezi (O Cuidador, aquele que pratica a arte da kindezi). Ndezi deve ajudar o muntu, o “sol vivo” a “brilhar” e, no processo, ele/ela aprende como “brilhar” com o poder do “sol vivo”. Porque esse processo é contínuo, a maior kindezi (experiência de serviço para a comunidade) descansa com os anciãos. Agentes educadores por excelência dos jovens e crianças sob a arte da Kindezi, conceituada por Fu Ki-Au como, uma arte antiga entre os africanos, em geral, e os Bântu, em particular.

 

Kamila Gomes

 

Kamila Gomes é o nome de registro da treinela que iniciou a sua trajetória na Capoeira Angola em 1999 e ingressou na Fundação Internacional de Capoeira Angola (FICA), em 2016. No terreiro de candomblé Kongo Angola Nzo Tumbansi, onde foi iniciada em 2010, Muxinandê é Kota Maganza. Nascida em Goiânia (GO), é educadora social, historiadora, mestra em Ensino das Relações Étnico Raciais pela Universidade Federal do Sul da Bahia, doutoranda no programa Estado e Sociedade na UFSB e líder de grupo do Núcleo da FICA – Florianópolis. 

 

Kamila é integrante do Instituto Latino Americano deTradições Bantu (ILABANTU) e treinel de capoeira angola, faz parte da Fundação Internacional de Capoeira Angola (FICA), aluna de Mestre Valmir Damasceno. Idealizadora do projeto “Roda de Saberes – Chamada de Angola” que é um projeto de inclusão da história afro brasileira e da história indígena.

 

Desde 2016, desenvolve o Roda de Saberes-Chamada de Angola, projeto que busca sensibilizar espaços comunitários e educacionais sobre a importância da história africana e indígena, a partir da prática da Capoeira Angola.

 

É discípula de Mestre Valmir Damasceno, da FICA - Bahia, em Salvador, e mona kwa Nkisi (filha-de-santo) de taata Katuvanjesi (Walmir Damasceno), do terreiro Kongo Angola Nzo Tumbansi, em Itapecerica da Serra - SP.

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