Saúde de Palmas se destaca pela produção de pesquisa e inovação no âmbito do SUS

A programação segue ao longo da tarde desta terça e também durante toda a quarta feira, com cerca de 140 trabalhos que serão apresentados.

Produzir pesquisa no cotidiano do Sistema Único de Saúde (SUS) é a realidade vivenciada pelos profissionais da rede municipal de saúde de Palmas, que nesta terça e quarta, 19 e 20, estão apresentando seus relatos de pesquisa e de experiência durante a 1ª Mostra de Ciência, Tecnologia e Inovação da Fundação Escola de Saúde Pública de Palmas (Fesp), que tem a parceria da Secretaria Municipal de Saúde (Semus). O evento acontece no Centro Universitário Luterano de Palmas (Ceulp/Ulbra) e reúne cerca de 600 pessoas entre trabalhadores das redes municipal e estadual de saúde e acadêmicos.

 

A programação segue ao longo da tarde desta terça e também durante toda a quarta feira, com cerca de 140 trabalhos que serão apresentados.

 

A produção de pesquisa foi destacada pelo professor doutor Ricardo Burg Ceccim em sua conferência de abertura abordando o tema “Pesquisa no cotidiano dos serviços de saúde”. Ao conceituar a educação permanente, Ceccim abordou a legislação vigente e desmistificou o entendimento comum de que os municípios são coadjuvantes no desenvolvimento de políticas públicas em saúde. “Embora a saúde seja tripartite, não se pode esperar apenas das demais esferas. Quando o município apenas obedece à União ele não se torna protagonista. Quando a gente ouve que o SUS é muito falho, que não atende todas as pessoas. É importante dizer que isso não é um problema da sua concepção, mas de quem o está gerindo”, destacou Ceccim, referindo-se aos instrumentos legais existentes que nem sempre são colocados em prática em favor da melhoria dos serviços.

 

Ao abordar o protagonismo da rede municipal de saúde de Palmas em investir na produção de pesquisa por meio dos programas de residências, Ceccim afirmou que qualquer profissional do SUS é capaz de produzir pesquisa. “A gente costuma dizer que pensar e construir saberes ‘é’ da universidade, da escola, dos centros de ciência e tecnologia. Mas pensar é de quem faz, não existe um fazer sem pensamento, e todo fazer exige que eu renormatize a minha aplicação, porque existe uma situação real de um usuário real. Isso reflete diretamente no atendimento ao usuário, na resolubilidade dos serviços, na satisfação de pertencer aquela equipe e de pertencer a um lugar de ação em saúde que é público”, resumiu.


Abertura

 

A presidente da Fesp, Jaciela Leopoldino, reiterou que o objetivo da Mostra é socializar todo o conhecimento produzido no SUS da Capital. “É um espaço para trocar experiências, vivências e saberes, e de problematizar e tencionar as realidades dos serviços de saúde com vistas a qualificar a atenção à saúde e valorizar a pesquisa no âmbito do SUS”, ressaltou.


O secretário executivo da Semus, Marcus Senna, destacou o protagonismo do programa Consultório na Rua e do Núcleo de Práticas baseadas em Evidências Científicas (Nupec). “Citando esses dois programas dentre tantos outros, posso destacar o quão tem sido satisfatório lidar com a rede de saúde de Palmas que tem a educação continuada como linha mestre e hoje temos a possibilidade de mostrar os avanços que estão sendo obtidos por meio de pesquisas”, resumiu.


Também valorizando o desenvolvido de pesquisas no cotidiano, a promotora de justiça do Ministério Público Estadual, Maria Rosely Pery, destacou que “os trabalhadores do SUS de Palmas fazem acontecer, são revolucionários, arregaçam as mangas e por isso, se destacam no cenário nacional. E, enquanto usuária do SUS, parabenizo a todos que ao invés de reclamar, mostram que dá pra fazer.”


A abertura contou ainda com a presença da presidente do Instituto Vinte de Maio, Valério Albino, e do segundo secretário do Conselho Municipal de Saúde, Luís Fernando.

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