Seminário de Sociologia do Crime e da Violência reúne profissionais da segurança

Evento discute sobre crime e violência com base na perspectiva de profissionais da segurança pública e da área acadêmica

Crédito: Otávio César

Aconteceu nesta quarta-feira, 23, no auditório do Quartel do Comando Geral em Palmas, o Seminário de Sociologia do Crime e da Violência promovido pela Polícia Militar. O evento faz parte da programação do Curso de Aperfeiçoamento de Oficiais (CAO), sendo organizado pelo professor da disciplina de Sociologia do Crime e da Violência, tenente-coronel Rodrigo Nascimento Lacerda Guimarães.

 

O seminário foi idealizado com o objetivo de propor uma discussão sobre o tema com os profissionais integrantes dos órgãos de segurança pública, judiciário, Ministério Público, estudantes e setores da sociedade interessados na problemática.

 

A mesa de honra foi composta pelo corregedor geral da PM, coronel Marcelo Falcão Soares, o perito criminal Silvio Marinho Jaca, a diretora de Direitos Humanos da Secretaria de Estado de Cidadania e Justiça, Sabrina Ribeiro de Santana, e o delegado de Polícia Civil, Evaldo de Oliveira Gomes.

 

Em pronunciamento, o chefe do estado maior da PM, coronel Márcio Antônio Barbosa de Mendonça, destacou a grandeza e importância do seminário para o setor de segurança pública. “A PM está na vanguarda em políticas de prevenção como patrulha Maria da Penha e de identificação veicular, no qual somos referência no país, e isso nos faz acreditar que estamos no caminho certo. Buscando o que é importante para fortalecer as instituições que devem trabalhar integradas em ações de segurança pública”.

 

Logo após, diretora de Políticas Públicas da Secretaria de Segurança Pública do Tocantins, Mariana Rodriguez, falou da multicausalidade da violência e políticas de segurança interinstitucionais. Para a diretora, os fatores que desencadeiam a violência envolve uma série de instituições e serviços e não somente do determinismo à pobreza. Assim, todas as instituições devem trabalhar sinergicamente para a prevenção e repressão qualificada à violência. “Não adianta trabalhar a prevenção e considerar a multicausalidade com apenas alguns profissionais e instituições. Mas sim com todas”, relatou.

 

Já o professor e coordenador do Curso de Filosofia e Artes da Universidade Federal do Tocantins (UFT), José Manuel Miranda de Oliveira discutiu sobre a segurança pública em Estados strictu sensu ao contexto lato sensu do crime. Na palestra, o discente tratou da violência simbólica, dos níveis de violência física e virtual, apresentando que os crimes estão ligados às matrizes culturais de cada sociedade que vão se perpetuando ao longo das gerações.

 

Em seguida, cada participante da mesa de debate teve a oportunidade de discorrer sobre oportunidade de melhoria para diminuir os efeitos do crime e da violência na sociedade. Depois foi servido um coffee break aos presentes, dentre estudantes, membros da OAB, do Ministério Público, de Universidades, chefes de seção da PM, representantes da Polícia Rodoviária Federal, Guarda Metropolitana, oficiais e praças.

 

Para tratar da prevenção e combate à corrupção no Brasil, o professor do curso de Direito da UFT, Tarsis Barreto, foi convidado para fazer o uso da palavra. Ele elogiou a multidisciplinariedade do evento, que expôs argumentos de diversos profissionais da segurança pública. O professor apontou os principais crimes no país, acrescentou fatores de natureza histórica, psicológica e social e os prejuízos da criminalidade para a sociedade. Além de, ressaltar sobre como a corrupção afeta a gestão de recursos públicos interferindo negativamente e diretamente em áreas sensíveis como a segurança pública.

 

Ao final os palestrantes receberam certificados pela contribuição no seminário.

 

 

 

 

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