Semus reforça que Tuberculose tem cura e conta com diagnóstico e tratamento pelo SUS

Semus reforça que Tuberculose tem cura; diagnóstico e tratamento são gratuitos e estão disponíveis na rede pública

População pode procurar atendimento na rede municipal de ensino
Descrição: População pode procurar atendimento na rede municipal de ensino Crédito: Divulgação

Nas vésperas do Dia Mundial de Combate à Tuberculose (24 de março), a Secretaria Municipal de Saúde (Semus) reforça que a doença tem cura e o tratamento é gratuito e ofertado em todos os Centros de Saúde da Comunidade na Capital que oferecem ainda o teste rápido para diagnóstico da doença.

 

“A Tuberculose é uma doença infecto-contagiosa causada por uma bactéria, aMycobacterium tuberculosis, que ataca principalmente os pulmões, mas pode acometer outros órgãos e sistemas, é o que chamamos de extrapulmonar. A doença é transmitida de pessoa para pessoa, ao espirrar, tossir ou falar, e os principais sintomas são tosse por mais de três semanas, acompanhada ou não de febre, suor noturno, falta de apetite, perda de peso, cansaço ou dor no peito”, explica a enfermeira Taísa Ribeiro, que compõe a equipe do Grupo Condutor de Doenças Infectocontagiosas da Semus.

 

A enfermeira lembra que todos os Centros de Saúde da Comunidade estão aptos para fazer o Teste Rápido Molecular (TRM). “É muito importante estar atento aos sintomas, principalmente, tosse por mais de três semanas. Procure o centro de saúde, através de uma única amostra de escarro é feito o teste que detecta a presença ou não do bacilo e em caso de positivo o tratamento é iniciado de imediato”, reforça.

 

Casos

 

Em Palmas, em 2017 foram notificados 30 casos de tuberculose, sendo 18 casos novos e um reingresso após abandono. Destes, 28 casos pulmonares e dois extrapulmonares. “Atualmente, temos 26 pacientes em tratamento nos centros de saúde e um paciente em tratamento no Ambulatório Municipal de Atenção à Saúde Dr Eduardo Medrado (Amas), que é referência para casos mais complicados de tuberculose e cinco pacientes em tratamento profilático (preventivo)”, informou a enfermeira Taísa.

 

Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), em 2015, 10,4 milhões de pessoas adoeceram com tuberculose no mundo (1,8 milhão de homens, mulheres e crianças vieram à óbito). Já no Brasil, 69 mil pessoas adoeceram com tuberculose em 2015,  sendo que 4,5 mil delas morreram. No Tocantins, no mesmo ano, o coeficiente de incidência da tuberculose, foi de 10 a 30 casos por 100 mil habitantes e de 0,5 a 2,9 óbitos por 100 mil habitantes. Em Palmas, a incidência foi de 12,8 casos por 100 mil habitantes, 2016 foi 13,2 e 2017 foi 7,43 (o que para o Grupo Condutor é o retrato da subnotificação). Em Palmas, nos anos de 2015 a 2017 não teve óbitos por tuberculose, mas seis óbitos por outras causas em pacientes que tratavam a doença.

 

Tratamento

 

O tratamento, padronizado pelo Ministério da Saúde, tem duração de seis meses, feito por poliquimioterapia (vários comprimidos) com antibióticos, a medicação também é gratuita e entregue mensalmente nos Centros de Saúde da Comunidade. Durante esse período, o tratamento deve ser feito todos os dias e sem interrupção. “No primeiro mês de tratamento, geralmente, o paciente já percebe uma melhora no seu estado de saúde, acha que está curado e muitos abandonam o tratamento. Isso é perigoso, porque o tratamento irregular da tuberculose pode deixar o bacilo ainda mais forte e resistente aos medicamentos”, alerta a enfermeira, informando que a OMS preconiza que para o controle da doença, a meta de abandono seja inferior a 5%. Em Palmas, o índice de abandono foi de 16,2% em 2015 e 32,4% em 2016

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