Servidores da Saúde de Palmas com mais de 60 anos e com comorbidades são afastados

O ato foi publicado via Portaria no DOM deste domingo, 29, em razão da pandemia causada pelo novo coronavírus (Covid-19). Intenção é diminuir o risco de contaminação e vítimas fatais pela doença.

Reunião da gestão neste domingo decidiu novas orientações
Descrição: Reunião da gestão neste domingo decidiu novas orientações Crédito: Divulgação

A Secretaria Municipal de Saúde (Semus) editou a Portaria 328/2020, publicada na edição extra do Diário Oficial do Município (DOM) deste domingo, 29, que determina o afastamento dos servidores com idade acima de 60 anos, para trabalho via home office, enquanto vigorar o estado de calamidade pública, estabelecido em razão da pandemia causada pelo novo coronavírus (Covid-19). Intenção é diminuir o risco de contaminação e vítimas fatais pela doença.

 

Na mesma Portaria também foi determinado o afastamento de servidores que comprovaram o diagnóstico de comorbidades que se enquadram no grupo de risco, estabelecido pelo Ministério da Saúde (MS), mediante laudos e documentos comprobatórios das patologias.

 

Conforme a gestão, a decisão levou em consideração diversas decisões que têm por finalidade conter o avanço da Covid-19, em âmbito nacional, a exemplo da declaração de emergência em saúde pública de importância internacional pela Organização Mundial da Saúde (OMS), em 30 de janeiro, a Portaria Nº 188 do Ministério da Saúde, de 4 de fevereiro, que declarou Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional (ESPIN), a declaração de estado de calamidade pública do Estado do Tocantins, o Decreto 1.862, de 22 de março, que declarou estado de calamidade pública no município de Palmas, e o Decreto 1.859, de 18 de março, que adotou estratégias de enfrentamento ao coronavírus.

 

Comorbidade

 

A comorbidade é simplesmente a ocorrência de duas ou mais doenças relacionadas no mesmo paciente e ao mesmo tempo. Uma das características da comorbidade é que existe a possibilidade de as doenças se potencializarem mutuamente, ou seja, uma provoca o agravamento da outra .

 

Por exemplo: na população de idosos, nas pessoas maiores de 65 anos, é muito comum que eles sejam diagnosticados com hipertensão arterial sistêmica (a popular pressão alta) e tenham uma outra condição patológica, ou seja, não sejam portadores apenas de hipertensão", explica a enfermeira Sylvia Oliveira, especialista em Unidade de Terapia Intensiva Neonatal e Pediátrica e membro do grupo de pesquisa Saúde e Sociedade da Escola de Saúde da UFRN.

 

Sylvia exemplifica: "Além da hipertensão, eles geralmente são portadores de uma patologia que compromete o sistema endócrino, que é o diabetes. O mais comum e mais verificável é o mellitus. Então muito raramente nós iremos encontrar um idoso que seja hipertenso e não seja diabético, ou que seja diabético e não seja hipertenso".

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