Setor hoteleiro da Capital trabalha com apenas 30% de sua capacidade, diz ABIH-TO

Crise no setor hoteleiro de Palmas já se arrasta há quatro anos; o segmento começou 2020 com os hotéis trabalhando apenas com 20% a 30% da capacidade, afirma Marcelo Constantino, da ABIH-TO

Hotéis de Palmas trabalham com apenas 30% de sua capacidade
Descrição: Hotéis de Palmas trabalham com apenas 30% de sua capacidade Crédito: divulgação

A crise no setor hoteleiro de Palmas já se arrasta há quatro anos, com tímidas reações em alguns meses do ano, mas sempre abaixo das expectativas. A análise é o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis do Tocantins (ABIH-TO) e proprietário do Mac Hotel, Marcelo Constantino, para quem o segmento começou 2020 com os hotéis da Capital trabalhando apenas com 20% a 30% de suas capacidades.

 

De acordo com informações da Agência de Turismo da prefeitura  (AGTUR), em 2019, a rede de hotéis de Palmas contava com 61 meios de hospedagem, 2.308 apartamentos  e 5.137 leitos.

 

Para tentar driblar a crise pela qual passa o segmento hoteleiro da Capital, uma das medidas apontadas por Marcelo Constatino é desenvolver um plano de ação para a captação de eventos tanto de negócios como de ecoturismo e pesca. “Estamos fortalecendo a associação, com a admissão de novos associados, como o Ibis Palmas JK, Ibis Styles Palmas, Vivence Suítes Hotel Palmas e Hplus Premium Palmas”, sustenta ele.

 

Nesse sentido, o presidente da ABIH-TO diz que os parceiros dessa iniciativa vão começar a traçar algumas frentes de trabalho. "Com o objetivo de nos organizar, juntamente com o convention bureau, para, inicialmente, elaborar um calendário de eventos e buscar uma maior interação com o setor publico para convergir nas ideias do setor”.

 

Palmas é uma cidade onde os turistas, em sua grande maioria, são turistas de negócio, ou seja, estão na cidade a trabalho. Portanto, Marcelo acredita que a vinda de eventos como congressos, exposições, feiras e fóruns refletiriam diretamente na otimização do setor. 

 

No entanto, “parece-me que o setor público não percebe isso como uma forma de geração de renda, por meio da arrecadação de tributos, pra própria cidade ou estado, uma vez que a cadeia produtiva envolvida é muito grande, abrange não só hotéis e alimentação, mas uma serie de outros produtos e serviços (transporte, cuidados pessoais, entretenimento)”, sugere o presidente da ABH-TO, com tom de cobrança.

 

 

Agrotins

 

Ano passado, por ocasião da Feira da Agrotins, a maioria dos hotéis da cidade, por exemplo, ficou com ocupação máxima. Em um hotel na região central da cidade, as 105 acomodações foram reservadas.  A Agrotins, que acontece anualmente no mês de maio, está no calendário dos eventos mais importantes do Estado e é nesse período que a rede hoteleira sai do vermelho, pelo menos sazonalmente. O evento também movimenta o setor de transportes e alimentação, entre outros, proporcionando geração de renda e emprego.

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