Sintonizada com comunidades científicas, Cinthia mantém vacinação de adolescentes

No Twitter, a prefeita de Palmas, Cinthia Ribeiro (PSDB), disse que vão continuar vacinando os adolescentes de 12 a 17 anos sem comorbidades, com o imunizante da Pfizer

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Descrição: Imagem ilustrativa Crédito: Lia Mara

Nesta quinta-feira, 16, a prefeita de Palmas, Cinthia Ribeiro (PSDB), informou que Palmas vai continuar vacinando os adolescentes de 12 a 17 anos sem comorbidades, com o imunizante da Pfizer. "Não seremos cobaias de um desgoverno. Não é justo a confusão, aflição e insegurança geradas em milhares de mães e pais de adolescentes", declarou a gestora, que diz ser a favor da vida e da ciência.

 

No mesmo sentido, o Conselho de Secretarias Municipais de Saúde do Estado do Tocantins (COSEMS-TO) esclareceu que respeita o posicionamento divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde (SES), mas defende a continuidade da vacinação, justificando que é para a devida proteção da população jovem. “Sem desconsiderar a necessidade de priorizar neste momento, dentre os adolescentes, aqueles com comorbidade, deficiência permanente e em situação de vulnerabilidade”, pontuou o Conselho.

 

O COSEMS ainda lamentou que inúmeras ações de promoção da vacinação foram canceladas nos municípios, causando prejuízos não só financeiros, mas também de conscientização da população. “Transtornos diversos foram ocasionados na ponta, após a divulgação de orientações sem qualquer consulta prévia às representações estaduais e municipais da gestão do Sistema Único de Saúde”, observou.

 

O ex-secretário municipal de Saúde de Palmas e atualmente secretário de estado da Saúde do Espírito Santo, Nésio Fernandes, também se posicionou sobre o assunto.  Fernandes fez críticas ao Ministério da Saúde e disse que vão precisar de serenidade nesse momento. “O negacionismo governa o país”, declarou em publicação no Twitter.

 

“Como gestores, nos compete seguir o enfrentamento a pandemia, vamos defender vacinas seguras, eficazes e autorizadas para uso nos adolescentes como estratégia de saúde pública”, encerrou Nésio.

 

Entenda o caso

 

O Ministério da Saúde (MS) publicou nesta quarta-feira, 15, uma nota informativa no qual recomenda a suspensão da vacinação contra a Covid-19 em adolescentes sem comorbidades. No Tocantins, a Secretaria de Estado da Saúde (SES) acatou a orientação e ressaltou que, até que venham novas recomendações do MS, a imunização deste público está restrita aos jovens com comorbidades, que apresentem deficiência permanente ou que estejam privados de liberdade.

 

Confira a nota do COSEMS na íntegra: 

 

O COSEMS-TO informa a todas as 139 Secretarias Municipais de Saúde que respeita o posicionamento divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde (SES-TO) de seguir a orientação do Ministério da Saúde em restringir a vacinação apenas para adolescentes de 12 a 17 anos que apresentem deficiência permanente, comorbidades ou que estejam privados de liberdade.

 

Entretanto, o Conselho afirma que:

 

1. Considerando o posicionamento do Conselho Nacional de Secretários Estaduais de Saúde (Conass), que representa todas as Secretarias de Estado da Saúde do Brasil.

 

2. Considerando o posicionamento do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde, que representa as Gestões de Saúde Municipais.

 

O COSEMS-TO defende a continuidade da vacinação para a devida proteção da população jovem, sem desconsiderar a necessidade de priorizar neste momento, dentre os adolescentes, aqueles com comorbidade, deficiência permanente e em situação de vulnerabilidade.

 

Ao afirmar nosso posicionamento, aproveitamos a oportunidade para manifestar nossa solidariedade aos Secretários e Secretárias Municipais de Saúde do Tocantins e suas respectivas equipes, que foram pegos de surpresa com essa decisão unilateral do Ministério da Saúde. Inúmeras ações de promoção da vacinação foram canceladas nos municípios, causando prejuízos não só financeiros, mas também de conscientização da população. Transtornos diversos foram ocasionados na ponta, após a divulgação de orientações sem qualquer consulta prévia às representações estaduais e municipais da gestão do Sistema Único de Saúde.

 

O COSEMS-TO se coloca à disposição das Secretarias Municipais de Saúde do Tocantins para qualquer esclarecimento.

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