Sofrimentos mentais são tratados pela Rede de Atenção Psicossocial, alerta Prefeitura

Saúde Municipal recomenda às pessoas com sofrimento mental que procurem ajuda profissional junto aos serviços da rede.

Sofrimento mental pode piorar em datas comemorativas, segundo especialistas
Descrição: Sofrimento mental pode piorar em datas comemorativas, segundo especialistas Crédito: Divulgação

“Às vésperas de mais um fim de ano, as pessoas têm o hábito de fazer um balanço do que realizaram ou deixaram de realizar, e por se tratar de um momento festivo de confraternização com a família e nem todos têm os familiares por perto; a época torna-se o momento propício para sentimentos como frustrações, tristezas e sensação de impotência”. O alerta é da gerente de Saúde Mental da Secretaria de Saúde (Semus), Dhieine Caminski. Diante dessa situação, a Gerência e a Superintendência de Direitos Humanos da Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes) recomendam às pessoas com sofrimento mental que procurem ajuda profissional junto aos serviços da rede.

 

“O sofrimento mental é uma coisa comum ao nosso cotidiano, todo mundo passa por isso durante a vida e a orientação geral é que procure um profissional de saúde mental mesmo”, ressalta a gerente de Saúde Mental, Dhieine Caminski, lembrando que esse atendimento pode ser obtido no Centro de Saúde da Comunidade mais próximo. “A gente tem médicos, psicólogos que podem fazer essa escuta. O serviço social também está apto, porque muitas vezes o nosso sofrimento mental está associado a situações onde a gente não consegue ter uma estrutura de vida boa, não consegue ter um emprego bacana, não consegue oferecer pra nossa família uma vida legal”, explica.

 

Nos casos em que o sofrimento mental for mais acentuado, as pessoas podem procurar os Centros de Atenção Psicossocial, CAPS II e AD III, esse último em casos relacionados ao uso de álcool e outras drogas. “Se está atrapalhando o cotidiano da vida e não está deixando trabalhar, está impedindo de viver de uma maneira bacana, procure o CAPS, lá a gente tem profissionais de saúde mental especializados que podem fazer esse acolhimento e o tratamento”, ressalta, desmistificando o conceito de que CAPS é local de “louco”.

 

As Unidades de Pronto Atendimento (Upas) e o Hospital Geral de Palmas também compõem a rede e estão aptas a receber os casos de urgência, quando a pessoa tenta contra a própria vida. “É importante saber que a gente tem serviços próximos da nossa casa até os serviços que podem estar mais longe, mas que vamos ter profissionais para fazer esse atendimento. É importante contar com o apoio de amigos, de familiares, buscar apoio religioso também e ter fé em alguma coisa, porque às vezes a fé mantém a gente acreditando na vida e nos proporciona saúde sim”, ressalta, alertando aos pais para manter diálogo com os filhos de forma a trabalhar as habilidades emocionais na infância e adolescência para que não tenham sofrimento mental no futuro.


Direitos Humanos

 

Em parceria com a Superintendência de Direitos Humanos, algumas ações serão realizadas em 2018 com foco na defesa de políticas públicas que defendam os direitos humanos e aumente o acesso da população aos serviços de saúde mental. Para isso, um calendário programático será pactuado com a Secretaria Municipal de Educação para promover ações nas escolas da Capital, trabalhando as habilidades emocionais na infância e adolescência.


O público LGBT também é alvo das ações dessa parceria, onde serão traçadas ações intersetoriais para diminuir as vulnerabilidades sofridas por esse público, trabalhando a desconstrução dos preconceitos, dos estereótipos, aumentando a discussão sobre a diversidade e o respeito à mesma, construindo ações e políticas públicas mais fortalecidas nessa defesa dos direitos humanos. “É importante criar mecanismos de ajuda para que essas saiam desse estágio de aflição e que as pessoas e as famílias saibam que existem os serviços da rede e assim possam salvar vidas e não perdê-las”, finaliza o superintendente João Paulo Procópio.

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