A Polícia Civil do Tocantins prendeu na quarta-feira, 3, em São José do Xingu, no Mato Grosso, um homem de 51 anos suspeito de envolvimento no assassinato do prefeito de Miracema do Tocantins, Moisés Costa da Silva, mais conhecido como Moisés da Sercon. Com a prisão, o crime que chocou a população de Miracema em 2018 avança para ser completamente esclarecido.
Moisés da Sercon foi encontrado morto no dia 30 de agosto de 2018, dentro de sua caminhonete, às margens da BR-153, em uma estrada vicinal que liga os municípios de Miranorte e Rio dos Bois.
Segundo a Polícia Civil, a ação ocorreu mediante cumprimento de dois mandados de prisão preventiva expedidos pela Justiça.
De acordo com informações da 1ª Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (1ª DHPP de Palmas), o indivíduo é suspeito de praticar homicídios por encomenda no Tocantins e no Maranhão. Ainda de acordo com a 1ª DHPP, ele já é condenado pelo crime de homicídio no Maranhão e investigações apontam envolvimento na morte de Moisés.
O suspeito deverá ser reconduzido ao Tocantins para que seja ouvido nos inquéritos instaurados pela 1ª DHPP. A Polícia Civil afirmou que mais informações sobre o caso serão concedidas apenas quando o inquérito policial for concluído.
Camila Fernandes (MDB), viúva de Moisés, é a atual prefeita de Miracema do Tocantins.
Entenda o caso
Moisés da Sercon, como é conhecido Moisés Costa da Silva, foi encontrado morto dentro de seu veículo, uma caminhonete Hilux Branca, no dia 30 de agosto de 2018. O veículo estava localizado a cerca de 500 metros da BR-153, em uma estrada vicinal que liga Miracema à cidade de Rio dos Bois. Quando a polícia chegou ao local, o prefeito já estava sem vida e os militares constataram que ele estava com um tiro na cabeça e uma arma de fogo em seu colo. O gestor estava sentado no banco do passageiro. A Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP) informou, à época, que o laudo pericial realizado no local onde o corpo do prefeito de Miracema foi encontrado descartou a hipótese de suicídio.
Desde então, família, amigos e a população realizaram manifestações ao longo dos dois anos para pedir justiça pelo crime.
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