Tentativa de feminicídio contra dona de casa mobiliza mulheres que pedem por justiça

Irene Almeida Chaves foi vítima de uma tentativa de assassinato no dia 03 de janeiro de 2021, em Araguacema. A dona de casa gravou um vídeo, divulgado nas redes sociais, como forma de pedir ajuda

Irene conta detalhes sobre o ocorrido no dia 03 de janeiro de 2021
Descrição: Irene conta detalhes sobre o ocorrido no dia 03 de janeiro de 2021 Crédito: Print/Vídeo do Facebook

Araguacema, no interior do Tocantins, foi cenário de uma tentativa de assassinato contra a dona de casa Irene Almeida Chaves. O crime, que é classificado como feminicídio, ocorreu no dia 03 de janeiro de 2021 e está provocando uma mobilização na região.

 

Na manhã desta quinta-feira, 13, um grupo de moradoras iniciaram o movimento #TodosComIrene, no centro de Caseara, pedindo justiça pela vítima e pela não violência contra mulher. 

 

 

                                                                                                           Reprodução (Foto: Agência Tocantins)

 

 

Entenda o caso

 

Em um vídeo publicado nas redes sociais, Irene Almeida Chaves contou que no dia 03 de janeiro de 2021, o autor começou a agredí-la com socos. "Minha filha mais velha veio tentar fazer ele parar. Mesmo ela tentando, ele saiu um pouco e depois voltou e disse pra mim 'hoje tu vai morrer' ", conta Irene.

 

Depois disso, a mulher disse que o homem tomou posse de uma faca, colocou ela em uma caminhonete e levou para um lugar que ela desconhece. "Mandou eu descer da caminhonete e me ajoelhar", conta. 

 

A dona de casa relata que o agressor fez dois disparos com a arma, ambos falharam. O terceiro tiro atingiu a cabeça de Irene, que depois conseguiu fugir. "O terceiro tiro eu senti que queimou a minha cabeça. Eu coloquei a mão na cabeça, olhei o sangue e sai correndo", detalhou.

 

A mulher contou que o autor foi  atrás dela e disse que "tentou do jeito mais fácil, sem dor, mas não deu, vai na faca mesmo, porque eu estou sem munição".

 

Irene fugiu para a mata, onde ficou a noite toda escondida. No outro dia, ela conseguiu ajuda de um casal, que passava por perto. "Eu gritei pra eles, pedi socorro", disse. 

 

O casal levou Irene para a casa deles, enquanto chamavam a ambulância e a polícia. Posteriormente, ela foi levada para o hospital. 

 

No vídeo, ela disse que estava com a bala alojada na cabeça, o olho roxo, sentindo dores no corpo, assim como nos machudados dos pé e das mão. Estava também sem documento e sem dinheiro.

 

Buscas foram realizadas na região na tentativa de localizar e prender o autor, porém até esta terça-feira, 12, o acusado ainda não havia sido preso. O caso foi registrado na Delegacia de Polícia Civil.

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