TerraClean não apresenta os 12 caminhões contratados, nem registro no CREA

A coleta do lixo em Palmas continuará a ser feita no final de semana apenas por cinco dos 12 caminhões contratados pela prefeitura de Palmas. Na coletiva a empresa não conseguiu exibir todo maquinário

Em coletiva prefeito diz que manterá contrato
Descrição: Em coletiva prefeito diz que manterá contrato Crédito: Lourenço Bonifácio

 

A empresa Terra Clean, contratada de forma emergencial pela Prefeitura de Palmas para substituir a Litucera na coleta do lixo na capital chegou ao 5o dia útil do seu contrato nesta sexta-feira, 19, sem apresentar os 12 caminhões contratados para a coleta, nem a varredeira mecânica.

 

Na coletiva marcada para as 6hs da manhã desta sexta-feira, no galpão alugado pela empresa na área industrial, apenas cinco caminhões, um dos quais coletor de lixo hospitalar foi apresentado.

 

O prazo contratual para que a empresa estivesse com todo maquinário em Palmas era 48 horas após assinatura do contrato, o que não foi cumprido.

 

“Tudo que estiver no escopo do contrato e não foi cumprido será objeto de notificação à empresa e vamos cobrar descontando o valor correspondente ao serviço que não for prestado”, disse o secretario Marcílio Ávila, quando questionado sobre as consequências do descumprimento.

 

Amastha mantém contrato

 

O prefeito Carlos Amastha fez um histórico da situação em que encontrou o contrato do lixo e destacou a impossibilidade de fazer uma licitação  no primeiro semestre do ano. “Vamos nos esforçar para fazer até o final do ano, mas não prometo, por que temos antes que aprovar o Plano de Resíduos Sólidos que devia ter sido aprovado ano passado pela antiga gestão”, afirmou.

 

“Vão trabalhar e corrigir os erros. Eu não tenho intenção de romper contrato. Mas vou cobrar tudo o que não for feito, eu sustento meus atos”, disse o prefeito ao representante da empresa, Wagner Scolástico, que foi quem respondeu pela Terra Clean na coletiva. De longe, o sócio administrador da empresa, acompanhou a entrevista sem se manifestar.

 

Sem apresentar o CREA

 

A empresa também não juntou ao processo seu registro junto ao CREA de São Paulo, que deve ter sido feito a partir de quando a Terra Clean acrescentou ao seu contrato a exploração do mercado do lixo. “Não está no processo”, respondeu o sub secretario Luciano de Carvalho, que exibiu os autos ao T1 Notícias.

 

O certificado de registro da empresa junto ao CREA é pré-requisito para habilitação, conforme termo de referência. “Falei com eles por telefone e eles vão juntar”, disse o sub secretário.

 

Para responder como Responsável Técnica pela operação em Palmas a empresa contratou a engenheira Silvana Guarneiro, conforme documento juntado às páginas 223 do processo. A cópia de sua carteira de trabalho mostra que a empresa fez o registro com a data do dia 1o de julho. A engenheira não era funcionária da empresa na data que a proposta foi apresentada à Prefeitura de Palmas, com a documentação de habilitação incompleta.

 

Comissão é criada

 

“O importante é que o serviço seja executado e que a cidade seja limpa. É isto que queremos. Qualquer dúvida sobre o processo ou denúncia será analisada pela comissão que foi criada pela Seinsp”, afirmou o prefeito Carlos Amastha.

 

A comissão foi nomeada no final da tarde de ontem, quinta-feira, 18, pelo secretario Marcílio Ávila e é composta por engenheiros do quadro estável da prefeitura. “Eles é que têm capacidade técnica para analisar se está ou não correto, e o farão num prazo de cincodias”, finalizou Marcílio Ávila.

Comentários (0)