UTI de Palmas conta com tecnologia avançada no cuidado e monitoramento dos pacientes

A telemedicina aumenta a segurança para empresas, médicos e pacientes e permite a ampliação de serviços na rede de saúde

Crédito: Divulgação

A telemedicina, que já era realidade em várias cidades do país, agora passa por uma grande expansão após o Conselho Federal de Medicina (CFM) aprovar e anunciar que, a partir de maio, serão permitidas consultas, diagnósticos e até mesmo cirurgias à distância. Em Palmas (TO), a gestora de Unidades de Terapia Intensiva Intensicare é pioneira em serviços de telemedicina, processo avançado para monitoramento dos enfermos, troca de informações médicas e análise de resultados de diferentes exames, que reduz em até 30% o tempo de permanência dos pacientes nos leitos de UTI. 

 

A telemedicina aumenta a segurança para empresas, médicos e pacientes e permite a ampliação de serviços na rede de saúde, alcançando populações que vivem em áreas geograficamente remotas. Especialistas alertam que a dificuldade de acesso aos serviços de saúde em alguns locais faz com que muitos pacientes recorram ao “Dr. Google”, algo que a regulamentação e o acesso mais fácil a teleconsultas pode coibir.

 

“A telemedicina é um recurso especial oferecido pela Intensicare. Trata-se do uso de tecnologias e telecomunicações para o fornecimento de informações médicas a pacientes, principalmente aqueles localizados à distância. Esse recurso utiliza um sistema de big data e inteligência artificial, auxiliando a equipe a agir mais rapidamente, reduzindo assim o tempo de permanência dos pacientes nas UTI’s”, informa a diretoria da empresa.

 

Um dos exemplos da utilização da telemedicina em funcionamento atualmente na UTI Adulto da Intensicare, no Hospital Oswaldo Cruz, em Palmas, é o Tele AVC. O atendimento funciona por 24 horas, sete dias por semana, conectando neurologistas e as equipes multidisciplinares da UTI para prestar serviço imediato a pacientes vítimas de AVC, por meio da tecnologia.

 

“Atualmente são 400 mil mortes por ano em decorrência do AVC, que é a primeira causa de incapacidade física. Isso é o diferencial desse serviço: tentar diminuir esses índices e ofertar essas novas tecnologias aos pacientes. Quanto mais rápido o paciente com AVC chegar ao hospital, mais tempo o médico terá para tratá-lo e reduzir os riscos de sequelas. O que a tecnologia nos traz? Como as pessoas tem dificuldade de identificar o AVC e chegam ao hospital no limite do tempo, o paciente pode não encontrar um médico especialista disponível naquele momento. O Tele AVC vem para diminuir essa distância entre os médicos e os pacientes e o tempo de atendimento”, explica o neurocirurgião Márcio Antonio Figueiredo, que coordena o Tele AVC em Palmas.

 

Como funciona o Tele AVC

 

O paciente deve ser encaminhado à unidade especial de AVC no Hospital Oswaldo Cruz assim que sentir os primeiros sintomas (boca torta, perda de força, dificuldade na fala). No hospital ele será submetido a exames e tomografia de crânio, no máximo em 10 minutos após sua chegada à unidade. Os exames serão analisados em conjunto pela equipe multidisciplinar especializada do hospital e por neurologistas conectados online, em um tempo de 15 minutos após a chegada do paciente. Se confirmado o AVC, o paciente é encaminhado à UTI para iniciar o tratamento.

 

“O paciente chega ao hospital e é avaliado pelo médico de plantão. À distância, o neurologista consegue visualizar o exame, por meio do sistema integrado com a telemedicina, e identificar aquele paciente com AVC. Ele já orienta o médico, através da tela do computador, a iniciar o tratamento, a aplicar a medicação, para que a pessoa seja tratada de forma eficaz e dentro do prazo. Só com isso, nós conseguimos reverter 40% dos casos. Isso já existe em outros hospitais do país e no futuro certamente será referência no tratamento de outras patologias”, finaliza Márcio Figueiredo.

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