Lendo uma reportagem sobre a inauguração do novo prédio da UNITINS, me senti feliz. Não apenas pelo robusto prédio e sua estrutura, mas pelo esforço humano empregado para que aquela obra sonhada por centenas de servidores e milhares de acadêmicos por anos, enfim foi concluída.
Foi nesta instituição que se formaram os primeiros tocantinenses que hoje tem o orgulho em ver a instituição resgatar sua dignidade, sua credibilidade no campo educacional, totalizando 12 cursos presenciais atendendo aproximadamente 1.800 acadêmicos.
O resgate histórico da UNITINS, sem duvida deve ser creditado aos docentes, discentes e todos os servidores que por anos lutam bravamente e diuturnamente em defesa da qualidade de ensino superior, e que, agora, capitaneados pela reitora Elisangela Cardoso atuam em favor da UNITINS com amor incondicional estampado na prática pelo trabalho árduo que desempenham cujo objetivo é formar os cidadãos e cidadãs para atuarem de forma competitiva no mercado de trabalho.
É neste contexto das relações com a sociedade, que a UNITINS está sempre interagindo e construindo a sua própria história, fazendo com que todos os tocantinenses sintam orgulho da instituição, que rememora sua história nos diferentes contextos sociais, expandindo sua oferta de ensino em cidades polos de importante desenvolvimento do Estado do Tocantins. Uma visão ousada que oportuniza aos menos favorecidos o tão sonhado ingresso ao ensino superior presencial de qualidade.
Em toda luta não são somente flores. Li também na referida reportagem que os acadêmicos estão sofrendo com a falta de ônibus, uma vez que a demanda aumentou com a inauguração do prédio da UNITINS, próximo a UFT, fazendo daquele local verdadeiramente “a cidade universitária”. Acho que está faltando sensibilidade por parte da Prefeitura de Palmas em atender de imediato a solicitação da UNITINS. A educação não poder ser tratada pelo executivo municipal como uma politica de governo, mas uma politica de Estado, deixando as divergências entre município e estado de lado e priorizando sempre o bem comum, neste os acadêmicos. Sou solidário a esta luta e estarei a frente para cobrar uma solução imediata para o problema.
Paulo Freire, patrono da educação brasileira, considerado um dos nomes mais importantes da pedagogia mundial, afirmou certa vez que: “não estou no mundo para simplesmente a ele me adaptar, mas para transformá-lo; se não é possível muda-lo sem um certo sonho ou projeto de mundo, devo usar toda possibilidade que tenho para não apenas falar de minha utopia, mas participar de praticas com elas coerentes”. E foi isso que presenciei nos meus 26 anos de Palmas dos meus colegas professores da UNITINS. Foi isso que presenciei dos acadêmicos que por esta instituição passaram e por lá ainda estão. A educação só se faz verdadeiramente com utopia e amor.
Professor Luciano Coelho de Oliveira – É orientador Educacional da rede municipal de ensino de Palmas – TO.
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