O papel da gestão estratégica de pessoas na Governança Institucional

Crédito: Tribunal de Justiça do Estado da Bahia

A Gestão de Pessoas, dentro de um contexto de gestão estratégica, tornou-se umas das principais áreas das instituições públicas e privadas, deixando de ser um setor ou departamento meramente cartorário e burocrático, de controle de folha de pagamento e dossiês funcionais, para uma área estratégica que fomenta a gestão, nos seus três níveis: operacional, tático e estratégico, com informações que permitem um maior controle dos resultados organizacionais em relação à participação do seu maior ativo que são os seus servidores que ali laboram cotidianamente.

 

Com isso, a gestão pública tem avançado bastante ao ampliar o seu foco do controle pelo controle, meramente burocrático e muitas vezes sem sentido, que não agrega nenhum valor a instituição, para um controle estratégico, com foco nos resultados, que entrega para a gestão quais são os pontos positivos que merecem ser reforçados e os pontos críticos que devem ser mitigados.

 

O controle é um dos principais pilares da governança pública, ao lado da liderança e da transparência, aliás, a máxima da administração é de que o gestor só consegue gerenciar aquilo que ele consegue controlar. Ele pode se dar de diferentes maneiras, a depender do perfil e da compreensão do gestor enquanto líder, sendo que umas das ferramentas mais importantes e que pode ser melhor utilizada é o planejamento estratégico, ou seja, a definição de metas e objetivos claros, que sejam factíveis ao seu setor ou departamento, e do acompanhamento sistemático das mesmas durante determinado período de tempo. Tais metas precisam ser desdobradas em ações para que os colaboradores consigam compreendê-las e assim visualizar qual o seu papel e responsabilidade no alcance dos objetivos comuns da instituição.

 

Mais o que pode comprometer os resultados da organização? Será que cada servidor sabe da importância do seu papel dentro da instituição? Existe uma compreensão do todo, de que suas atitudes em relação ao desempenho de suas atividades impactam diretamente no alcance dos macros resultados da instituição? As avaliações de desempenho conseguem mensurar e entregar para o gestor uma verdadeira dimensão do desempenho de cada servidor e das necessidades de cada um em relação ao seu desenvolvimento profissional?

 

Esses e vários outros questionamentos podem emergir da implementação de uma governança pública que esteja alinhada a gestão estratégica de pessoas e busque de fato melhores resultados das políticas públicas, em que a participação dos servidores seja reconhecida e que não só transpareça, mais demonstre realmente para a sociedade que a gestão pública está a serviço dos interesses de toda a população.

 

Cleone Gomes é Servidor na Carreira de Gestor Público no Governo do Estado do Tocantins e associado à Agesto.

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