Talvez cotas não seja o melhor caminho

No artigo do cabeleireiro Antonio Bandeira, ele aborda a seleção de alunos para ingresso na faculdade e o sistema de cotas

O cardápio curricular desenvolvido para as escolas públicas no Brasil – currículo pedagógico - distancia seus alunos das universidades federais. Seria mais inteligente tentar melhorar o desempenho destes alunos nas disciplinas de linguagens códigos e suas tecnologias (incluindo redação); ciências humanas e suas tecnologias; ciências da natureza e suas tecnologias; e matemática e suas tecnologias.

 

O processo de seleção das universidades públicas e o Enem priorizam estas quatro disciplinas, que nem sempre são prioridades no ensino público. Deveriam ser vertentes. Se a qualidade do ensino médio for melhorada, aumentarão os alunos destas escolas concorrendo nos vestibulares com maiores chances de sucesso.

 

Porém, o governo brasileiro, ao que tem demonstrado, prefere caminhar no sentido oposto.

 

A lei das Cotas, que estará em vigor a partir de 2013, fará com que seja aumentado o número de alunos que irão ingressar nas universidades e institutos federais por meio das Cotas. O objetivo desta lei é fazer com que em quatro anos 50% dos acadêmicos dessas instituições de ensino sejam cotistas. Sendo que já no primeiro ano 12,5% do total de vagas oferecida terão que ser destinadas a estes alunos.

 

A medida, segundo a presidente Dilma, visa corrigir injustiças sociais históricas do Brasil com os jovens mais pobres, assim, pobres, negros e índios, terão maiores chances de cursarem a universidade.

 

Está mais para uma ação política, que uma medida eficaz.

 

A melhor e mais eficiente ação para educação que o governo poderia fazer para “combater injustiças históricas“, seria investir de forma séria e decisiva em educação de qualidade, aumentando assim a competitividade dos alunos egressos de escolas públicas na briga por vagas nas universidades, sem correr o risco de diminuir o conceito dessas instituições.

 

Uma das maiores injustiças praticadas no Brasil é nossa baixa qualidade de educação; que, pelo visto, tão cedo não deverá ter melhorias plausíveis.

 

É muito provável que o aluno ficaria mais realizado por passar no vestibular por mérito, através do conhecimento adquirido, que através de Cotas, pelo fato de ser negro, pobre ou índio.

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