ZETELO

Em artigo, o pedagogo Luciano Coelho, faz uma análise do cenário político do Tocantins: "pode-se afirmar que por aqui está o maior “zetelo”...

 

Quando criança lá no bairro Novo Horizonte, em Goiânia – Goiás, a molecada acostumava utilizar um dito popular -  “zetelo”, quando começava uma confusão. Segundo o site http://www.dicionarioinformal.com.br/significado/zetelo/146/, este dito,  iniciou em Alvorada do Norte, Goiás, onde existia uma "casa da alegria" cujo dono se chamava José Teles, apelido "Zetel" ou "Zetelo", termo pelo qual passou a ser conhecido no local. Após muitas doses de bebida forte, era normal haver alguma confusão e diziam, então, que estava o maior "zetelo", que passou a ser sinônimo de confusão, barulho, correria, briga e desordem.

Analisando o cenário politico do Tocantins, através de entrevistas aos sites, jornais, pode-se afirmar que por aqui está o maior “zetelo”, com a eminência de uma nova cassação de mais um governador no estado, através do RECED 495. Caso isso ocorra, qual o cenário que desenha?

O primeiro deles é a instabilidade econômica e politica, não se fala outra coisa nas redes sociais ou nas rodas politicas, as possiblidades futuras de quem possa ser o substituto do governador Siqueira Campos, caso confirme a cassação. Alguns analistas da politica tocantinense ou aliados do Eduardo Siqueira defendem a ideia que o próprio Siqueira Campos estaria disposto a “manchar” seu nome na historia com uma cassação, abrindo uma possibilidade para seu filho Eduardo Siqueira venha a governar o Tocantins, fato que já ocorre, pois Eduardo vem representando o pai em diversos eventos e ações importantes do Governo. Já os aliados de Siquera Campos são veemente ao afirmar que não acreditam nesta hipótese de cassação, instigado pelo próprio Siqueira Campos.

Muitas indagações permeiam esse contexto e nossas cabeças: Carlos Gaguim assume o governo? Ou vai ter uma nova eleição indireta? Quem serão os candidatos? Eduardo Siqueira poderá ser candidato? Ou candidato do governo será Sandoval Cardoso? Este é filiado ao PSD, partido do vice governador e da Senadora Kátia Abreu, está tudo combinado? Parece que sim, pois seu filho deputado Irajá Abreu acaba de integrar o primeiro escalão do governo, numa perspectiva também de eleição de 06 anos ao senado, o PSD poderia indicar um nome, Katia Abreu ou o próprio Sandoval Cardoso.

E o PT, como fica neste contexto? Seus deputados fazem parte da base do governo? Então qual seria o motivo de criticar a inércia do governo estadual, principalmente em relação às estradas, a saúde em suas visitas as bases? Paulo Mourão nestes encontros fala em resgate da militância jovem do PT! No encontro de Palmas decidiram ter candidato próprio ao Governo e declarou ser oposição, será? Achava a casa (governo) linda e a comida maravilhosa, mas só foi consegui a inocência da deputada Amália Santana, que começaram a cuspir no prato que comeram nestes quase três anos de governo e atirar pedras na janela da casa que hora era linda e sem defeitos.

O PMDB acompanha o governo até as eleições, ou volta a ser o velho PMDB dos tempos de Derval de Paiva e tantos outros que lutaram arduamente na oposição? Pelo discurso do deputado José Augusto, o partido esta na oposição, mas que moral ele tem hoje para declarar este engodo? Sendo ele foi o principal articulador em desmantelar candidatura própria do PMDB a prefeitura de Palmas em 2012, que tinha chances reais de disputa em detrimento de lançar sua esposa Cirlene Pugliese na vice da chapa governista do deputado Marcelo Lelis. Ou estão querendo colocar a “faca” no pescoço do governo para receber mais benefícios pessoais? O governo vai ceder a pressão dos falsos modebas?

Dependendo da quantidade de candidatos o PMDB pode ser o fiel da balança e até mesmo eleger um dos seus deputados a governador tampão. Marcelo Lelis, já digeriu esta aproximação relâmpago de Eduardo Siqueira e Carlos Amastha? Pelo jeito não, suas declarações à imprensa ecoaram. Lélis pode ser uma opção ao governo para o mandato tampão? O João Ribeiro, o Senador do povo, das grandes alocações de recursos para o estado, que para alguns estultos políticos, ele está fora de combate, mas que já conversa com Marcelo Miranda, Raul Filho e dá sinais claros que não caminha mais com o governo, terá peso nesta sucessão? E esta rebeldia relâmpago do senador Vicentinho Alves? Dormiu abraçando Carlos Amastha e acordou beijando as mãos do velho Siqueira Campos. Será que seu mandato esta nas mãos do governo? Ou tem algo mais obscuro que o fez recuar tão rápido como foi a sua rebeldia?

Analisando este cenário, percebe-se que a politica Tocantinense está um verdadeiro “zetelo”, e nós eleitores assistindo e analisando com cautela, para não cair no apelo emocional criado por marqueteiros, como ocorreu em 2010 e 2012. Que possamos eleger nosso representante em 2014, um governante de fato, através do sentimento racional, que venha transformar este nosso amado Tocantins.

LUCIANO COELHO DE OLIVEIRA – Pedagogo/Orientador Educacional

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