Acompanhante denuncia falta de infraestrutura no hospital público de Porto Nacional

Para que a mãe, de 85 anos, pudesse tomar banho na unidade foi preciso que a professora Miriam Tessoroli buscasse uma cadeira de banho em casa.

Crédito: Divulgação

Mesmo tendo sido reformado há menos de um ano, pacientes que procuram atendimento no Hospital Regional de Porto Nacional têm reclamado das más condições de higiene do local, de infraestrutura e da comida servida aos pacientes. 

 

A professora universitária Miriam Tessoroli, teve que procurar o hospital na ultima sexta-feira, 15, após a mãe de 85 anos passar mal em razão de uma pneumonia. De acordo com a professora para que a mãe pudesse tomar banho na unidade foi preciso que ela buscasse uma cadeira de banho em casa, pois a fornecida no hospital apresentava rachaduras e estava presa por um barbante, o que a deixou insegura. “Não é o atendimento que é ruim, ou as pessoas que são incompetentes, mas sim as condições de trabalho desses profissionais que são ruins” relatou. 

 

Miriam relatou também que a unidade estaria deixando a desejar na limpeza e que é possível encontrar vários pontos com sujeira e ferrugem. “As moças veem jogam apenas água no chão e saem puxando com o rodo, parece que falta produtos, além disse tem ferrugem, em um hospital que não tem muito tempo que foi reformado”. Segundo a professora o atendimento em sua maioria tem sido feito por alunos de medicina e que o médico responsável apenas supervisiona o trabalho dos alunos. “Eu sou professora e entendo que eles [alunos] tem que fazer residência, mas não tem uma conversa do médico com o paciente, não é o médico que tem examinado os pacientes, são os estudantes e eu não acho que isso seja o mais adequado”.  

 

O Hospital Regional de Porto Nacional é hoje referência para mais 12 municípios. A unidade de saúde recebe pacientes de Brejinho de Nazaré, Chapada da Natividade, Fátima, Ipueiras, Mateiros, Monte do Carmo, Natividade, Oliveira de Fátima, Pindorama, Ponte Alta do Tocantins, Santa Rosa e Silvanópolis e conta com 101 leitos adultos e 16 pediátricos. 

 

O T1 Notícias buscou ouvir o posicionamento do Governo, que esclareceu, por meio da Secretaria de Estado da Saúde (SES), "que o quadro de médicos para atendimento de rotina e no pronto socorro do Hospital Regional de Porto Nacional desta segunda-feira, 18, está completo. As escalas podem ser acessadas pelo cidadão por meio do portal oficial da Secretaria, na internet. Os acompanhamentos realizados pelos residentes que atuam na unidade são supervisionados, conforme legislação."

 

Em nota, a secretaria informou ainda que não houve mudança na qualidade da alimentação servida e destacou que se há algum prato diferente, é devido à prescrição de nutricionistas e baseado na necessidade de cada paciente.

 

Em relação às cadeiras, a SES respondeu "que a direção da unidade está otimizando a utilização das mesmas de forma a suprir todas as demandas, mesmo em fase de superlotação".

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