Após quase dois anos, reeducandos da CPP de Palmas retornam as aulas

Nesta sexta-feira, 17, os internos da Casa de Prisão Provisória de Palmas – CPPP retornaram oficialmente as atividades da Escola Estadual Nova Geração, no regime fechado.A Escola funciona dentro da casa de prisão, e atende 40 internos .

 
Desde setembro de 2010 os internos da Casa de Prisão Provisória de Palmas – CPPP, por conta de uma rebelião, não tinham mais aulas da Educação de Jovens e Adultos (EJA) e dos cursos de alfabetização. Nesta sexta-feira (17), porém, essa situação se inverteu com o retorno oficial das atividades da Escola Estadual Nova Geração, no regime fechado. 
 
A escola, que tem como intuito promover a humanização dos presos dando-lhes ferramentas para a socialização, almeja a formação, ampliação da leitura de mundo, despertar da criatividade, participação no processo de construção do conhecimento e a superação da condição atual dos estudantes. Com essa ação, o Governo fornece-lhes não somente educação, mas demonstra acreditar na capacidade de reabilitação dos detentos tocando em uma questão fundamental, pois em algum momento cada um deles ganhará sua liberdade.
 
“É preciso que a sociedade dê condição e acredite no reeducando, pois nós acreditamos na mudança deles. Espero que aproveitem muito e que façam desse aprendizado uma mudança em sua vida”, disse Aurora Mazarello, técnica da educação no campo, presente na aula inaugural no CPPP. 
 
A Escola Estadual Nova Geração funciona dentro da casa de prisão, e atende 40 internos divididos em seis turmas nos três segmentos da EJA, desde a alfabetização até o ensino médio, com aulas nos períodos matutino e vespertino, de segunda à sexta.
 

A cada três dias estudados eles ganham um dia de remissão na pena, além do que, na sala de aula, eles não usam algemas. “É o momento em que se sentem livres. Muitos dos que concluíram e saíram da prisão já conseguiram empregos, ingressaram em universidades e constituíram famílias”, contou Silvanete Maria da Silva, coordenadora da escola. “É gratificante ver que com o nosso trabalho podemos mudar a vida de muitos deles. Para mim que acompanha, que vejo eles nas celas, eu sei o quanto é pesado estar naquela situação, e o quanto a escola é importante para eles, o quanto se sentem bem, motivados”, encerrou a coordenadora. (Da assessoria-Thiago Ramos de França).

 
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