Aprovada na UFT, aluna de educação especial vence limitações de visão e locomoção

"Para atender alunos da educação especial, o mais importante e ajudá-los a confiar no seu potencial", reforça a professora auxiliar da estudante de 17 anos.

Crédito: Elias Oliveira

A notícia sobre a aprovação no curso de Engenharia de Alimentos da Universidade Federal do Tocantins (UFT) chegou para Vitória Reis Santos, 17 anos, dando mostras de sua superação. 

 

Mesmo com as dificuldades de locomoção e a baixa visão, decorrentes da doença neurodegenerativa provocada pelo excesso de ferro no cérebro, a aluna da educação especial nutria o sonho de cursar gastronomia. Segundo o corpo docente da escola, ao ingressar no ensino médio e com apoio dos professores no enfrentamento dos desafios, ela desenvolveu ainda mais confiança sua capacidade.

 

“Para atender alunos da educação especial, o mais importante e ajudá-los a confiar no seu potencial. Acompanhava todos os dias o desenvolvimento da Vitória nas aulas, explicando os conteúdos que ela não compreendia e ajudando a superar as limitações”, contou Maria Aparecida Rodrigues Pinheiro, que atuou como professora auxiliar da Vitória nas três séries do ensino médio.

 

Durante os três anos no ensino médio, no Colégio Estadual São José, Vitória participou das atividades de experimentos de ciências do campo e esportivas. Nos Jogos Paralímpicos Escolares da Juventude, realizados em São Paulo, em novembro de 2018, Vitória conquistou medalha de ouro no arremesso de peso.

 

A sua mãe, a funcionária pública Maria Arlete Reis, contou que foi uma alegria imensa presenciar a conquista da filha. Ela, que sempre acompanha Vitória nos exames realizados no Hospital Sarah Kubitschek, em Brasília, fez questão de agradecer aos profissionais também presentes na vida de Vitória. “Agradeço à equipe da escola, que realizou um trabalho de excelência. Gostaria de compartilhar essa satisfação com toda a equipe do colégio e com a comunidade, para que outras pessoas também acreditem no potencial de seus filhos”, frisou.

 

A professora Tânia Régia, coordenadora da Educação Especial no Colégio São José, que neste ano passou a funcionar de forma integral, com o Programa Escola Jovem em Ação, esclareceu que na escola funciona a Sala de Recursos, que está disponível para a comunidade. “Mesmo a Vitória não sendo mais nossa aluna, ela continuará a contar com a Sala de Recursos Multifuncionais que poderá auxiliar nos desafios que ela encontrar, como ampliação dos conteúdos escolares”, lembrou. A escola conta com 12 alunos, na Educação Especial.

 

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