Aprovados da Polícia Civil reivindicam data para convocação, após fala de Miranda

Remanescentes do concurso questionam detalhes sobre a convocação, após o governador afirmar que está trabalhando para novas nomeações; Aprovados querem saber data exata

Governador disse que está trabalhando para convocação de aprovados
Descrição: Governador disse que está trabalhando para convocação de aprovados Crédito: Divulgação

Após declarações do governador Marcelo Miranda durante solenidade de inauguração do complexo de delegacias especializadas na segunda-feira, 27, os candidatos aprovados no concurso da Polícia Civil que ainda não foram convocados cobraram uma data para as nomeações.

 

Em entrevista à imprensa na solenidade, Miranda afirmou que está trabalhando para convocar os remanescentes, mas não precisou nenhuma data. Em maio deste ano, o governo estadual publicou no Diário Oficial a nomeação de 53 candidatos aprovados no último concurso público para o provimento de cargos de delegado, 13 médicos legistas, 35 peritos, 63 escrivães, 44 agentes e 26  necrotomistas.

 

“Estamos trabalhando para novas nomeações. Tão longo seja possível iremos convocar o restante”, disse o governador sem dar mais detalhes.

 

Os aprovados que ainda não foram convocados se disseram frustrados com a notícia. “A expectativa era que o governo divulgasse ao menos um cronograma com uma possível data para nomeação do restante do grupo”, afirmaram, por meio da assessoria de imprensa.

 

Ainda este mês, depois de muitas tentativas por parte da Comissão dos Aprovados no Concurso da Polícia Civil, o secretário de Segurança Pública, César Simoni, chegou a garantir, em reunião com os aprovados, que o Estado iria nomear, até o final deste ano, todos os remanescentes do certame.

 

Porém, apesar dos encontros, reuniões e promessas informais, o governo não apresentou um cronograma oficial para nomeação dos 261 aprovados remanescentes e enquanto o Estado não convoca o restante dos aprovados, a carência do contingente da Polícia Civil ainda é grande.

 

Déficit

 

De acordo com um levantamento feito pela Comissão dos Aprovados, mesmo com a ocupação desses novos profissionais nos cargos, a Polícia Civil continua com uma carência de 937 policiais, ou seja, 39%, do número necessário para trabalhar em prol da Segurança Pública no Estado.

 

Ainda conforme o levantamento, atualmente, o quantitativo de profissionais responsáveis pela perícia criminal hoje no Tocantins é quase 50% a menos do que o ideal recomendado pela Organização das Nações Unidas (ONU). Para a ONU, o ideal é que haja um perito para cada cinco mil habitantes, o que não é a realidade no Tocantins.

 

Os números revelam a real necessidade da convocação imediata destes profissionais. Conforme levantamento da comissão, junto à base de dados da Assembleia Legislativa, em 1993 foi criada uma lei estadual, a qual fixava a estrutura da PC em 2.049 cargos, sendo 244 destinados aos delegados. No entanto, 24 anos depois a instituição mantém o mesmo número de cargos para essa função na polícia, sendo que a população do estado praticamente dobrou nas últimas décadas, seguindo os dados do IBGE.

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