Bebê fratura clavícula em parto conduzido por enfermeiros: SeS diz que segue normas

A criança acabou ficando presa dentro da mãe por cerca de 10 minutos até que um médico obstetra fosse chamado.

Crédito: Da web

Um bebê recém-nascido teve uma fratura na clavícula após passar 10 minutos preso no canal vaginal da mãe, uma jovem de 17 anos. E segundo a mãe, a família só foi informada da fratura do bebê no sábado, 20, quando recebeu alta do hospital. O caso foi registrado no Hospital e Maternidade Dona Regina.

 

De acordo com Silvana Aires, a filha dela deu entrada no hospital às 14h no dia 17 de abril já em trabalho de parto de um menino de 50 centímetros que pesava quase 4 kg, que segundo a família era um bebê grande para a altura e peso da jovem. A mãe esperou na recepção do hospital por cerca de três horas até ser atendida por enfermeiros.

 

Quando o exame do toque foi feito por volta das 17h, a jovem já estava com dilatação de 8 centímetros. Porém, sem forças para terminar o parto, o processo teve que ser induzido por medicação. A criança acabou ficando presa por cerca de 10 minutos dentro da mãe até que um médico obstetra fosse chamado. Fato esse que teria causado uma lesão na clavícula do bebê.

 

A princípio, de acordo com a família, os médicos negaram que o menino tivesse tido alguma fratura em decorrência do parto, porém, a criança chorava muito e não conseguia mamar. No momento de receber alta, uma nova avaliação foi feita pela equipe médica, e ficou constatada a fratura no recém-nascido.

 

Recuperação

Ainda segundo relatos da jovem e da mãe dela, os médicos não deram mais explicações sobre o ocorrido e a criança foi liberada ainda com a fratura e sem medicação para dor. De acordo com a equipe médica, o bebê deve estar totalmente recuperado em até 14 dias. A mãe porém, relata que a criança ainda chora de dor quando precisa ser movimentada.

 

O que disse o Hospital Dona Regina

 

Procurada, a direção do Hospital Dona Regina, respondeu por meio de nota da Secretaria de Estado da Saúde (SES), que a paciente chegou no hospital já em trabalho de parto avançado, quando o bebê já estava sendo expulso e que por isso não houve tempo para a realização dos exames.

 

Já sobre a atuação dos enfermeiros, a SES informou que os enfermeiros têm formação em obstetrícia e que estão habilitados para a realização de partos, conforme resolução do Conselho Federal de Enfermagem nº 516/2016. A nota afirmou ainda que não há falta de médicos no Hospital Dona Regina e que a escala está regular.

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