Em pelo menos três estados do país (Rio de Janeiro, Tocantins e Amapá), os bancos estão suspendendo empréstimos consignados a funcionários públicos, porque embora os governos venham descontando a parcela do consignado dos salários dos servidores, os recursos retidos não estão sendo repassados às instituições financeiras. Muitos servidores, inclusive, tiveram o nome incluído nas listas de maus pagadores do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC). Dos 34 mil servidores públicos do Tocantins, cerca de 15 mil possuem empréstimos consignados em folha.
No Estado, a Caixa Econômica Federal suspendeu novas operações de crédito consignado para funcionários do governo do Estado. Desde o início deste ano, os servidores vêm denunciando que as parcelas estão sendo descontadas em seus contracheques, mas não são repassadas aos bancos.
Em julho o Ministério Público Estadual iniciou uma investigação sobre os casos, após o Sindicato dos Servidores Públicos do Tocantins (Sisepe-TO) informar que pelo menos 60 reclamações de funcionários foram feitas.
O MPE cobrou explicações do Estado e apontou que a dívida com as instituições financeiras chegava a R$ 118 milhões, conforme informações repassadas pela Secretaria Estadual da Fazenda. Em junho, a dívida teria sido reduzida para R$ 59 milhões e em julho o débito estava em pouco R$ 31 milhões.
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