Caminhoneiros exigem fim da taxa cobrada no Terminal Ferroviário de Porto Nacional

O Sindcamto atesta que se ampara na Lei 13.103, de 02 de março de 2015 que, no seu artigo nono, proíbe cobrança ao motorista pelo uso dos espaços de espera.

Pátio do Terminal Ferroviário de Porto Nacional
Descrição: Pátio do Terminal Ferroviário de Porto Nacional Crédito: Divulgação

O Sindicato dos Caminhoneiros do Estado do Tocantins (Sindcamto) notificou no último dia 2 de julho a empresa - VLI – Multimodal S.A., administradora do Terminal Ferroviário de Porto Nacional em Luzimangues e exigiu o fim da cobrança de R$ 30 por dia, pela permanência dos caminhões no referido terminal.

 

O Sindcamto atesta que se ampara na Lei 13.103, de 02 de março de 2015 que, no seu artigo nono, proíbe cobrança ao motorista pelo uso dos espaços de espera. Segundo o presidente do Sindcamto, José Aparecido, decorridos 4 anos após a promulgação da lei, persiste a pratica da VLI em cobrar pela permanência dos transportadores em sua dependências. Em nota, a VLI disse que é responsável apenas pela estrutura e operação de transbordo das cargas dentro dos terminais.

 

A entidade sindical cobra também a abertura dos portões do pátio multimodal, antes das 7 horas da manhã. De acordo com Aparecido, muitos motoristas chegam ao local entre meia noite e 4 horas e tem que esperar para adentrar no local somente às sete da manhã. Quanto ao horário de funcionamento do pátio multimodal, a empresa afirmou que ele funciona 24 horas.

 

“Esse intervalo extenso deixa o caminhoneiro exposto e sem segurança por parte da responsável pelo terminal, podendo acarretar roubos e assaltos aos motoristas, como de fato já ocorreu”, assegura o presidente, por meio da notificação protocolada na VLI.

 

No texto, o Sindicato alega ainda que a integridade física e psíquica dos caminhoneiros está em risco, sendo que o problema pode ser resolvido se os portões abrirem mais cedo.

 

Ainda sobre a cobrança da taxa, Aparecido disse que há rumores de que a administradora tem pretensão de aumentar o valor cobrado. Sendo que, para a categoria, a cobrança é descabida e atinge os princípios fundamentais da dignidade dos profissionais. Para eles a questão causa situações indesejadas, como o motorista deixar de descansar e se arriscar para entregar rapidamente a carga.

 

Como consequência, os caminhoneiros que evitam pagar a quantia ilegal, às vezes dirigem-se para locais completamente inóspitos ou viajam sem nenhum momento de descanso, colocando sua vida e de outras pessoas em risco.

 

Ao notificar a empresa, o Sindcamto deu um prazo de 5 dias para a mesma se adequar ou apresentar resposta formal. Caso contrário, será deflagrada discussão da categoria em assembleia geral, para tomada de decisões cabíveis, garante a categoria no documento.

 

Nota da VLI


A VLI, empresa que administra o Terminal de Porto Nacional, esclarece que é responsável apenas pela estrutura e operação de transbordo das cargas dentro dos terminais.  A companhia dispõe de um sistema de agendamento junto aos clientes e trabalha continuamente para garantir o melhor fluxo aos caminhoneiros e atender a legislação vigente. A exemplo disso, em junho foram descarregados mais de três mil caminhões e o tempo médio de espera e descarga foi de 4,9 horas.


Quanto ao horário de funcionamento do pátio multimodal, a VLI esclarece que ele funciona 24 horas. A VLI também informa que não recebeu nenhuma notificação no Terminal Integrador de Porto Nacional.

Comentários (0)