Carlesse quer voltar a pagar progressões em 2021 e destaca eficiência dos servidores

Confira a primeira parte da entrevista do T1 Notícias com o governador Mauro Carlesse realizada na quarta-feira, 30...

O governador concedeu entrevista ao Portal na quarta-feira, 30.
Descrição: O governador concedeu entrevista ao Portal na quarta-feira, 30. Crédito: Roberta Tum/T1 Notícias

O governador Mauro Carlesse, que fez uma rodada de entrevistas com os principais veículos de comunicação do Estado no último dia útil do ano, 30, disse ao T1 Notícias que encerra 2020 com um sentimento de gratidão aos servidores públicos estaduais por tudo que foi possível fazer no enfrentamento à pandemia e apesar dela.

 

“Tenho uma equipe ajustada, entramos enxugando o quadro, e isso fez toda diferença. Exoneramos 14 mil servidores. Só o Palácio tinha 1.200 pessoas lotadas, hoje tocamos com 250 e melhor do que estava antes”, conta um governador de aparência repaginada e mais seguro do que quando assumiu o comando do Estado numa eleição para mandato tampão, em 2018.

 

O resultado do serviço que o governo entrega à população é outro, garante Carlesse, que destaca o quanto os servidores tem feito para fazer um bom atendimento num horário de trabalho que foi reduzido. “Eu só tenho a agradecer aos servidores, que compreenderam o momento, e estão fazendo muito bem em 6 horas, o que antes era feito em 8h”, resume.

 

Progressões voltarão a ser pagas após demanda da pandemia baixar

 

Numa pergunta do leitor, a partir de demanda feita via Twitter, o governador falou das progressões congeladas e dos demais direitos que os servidores aguardam a retomada de pagamentos. “Hoje está tudo suspenso por lei, mas nós recuperamos a capacidade do Estado, enquadramos dentro dos limites da Lei de Responsabilidade Fiscal e minha vontade é retomar as negociações neste ano que vai começar, logo que a crise da pandemia diminuir e permitir a gente retomar essa pauta”, antecipou o governador.

 

Com um ritmo de obras que não se viu nos dois últimos mandatos de governadores no Estado, Carlesse fez questão de ressaltar os investimentos na área de saúde.

 

Estado vai transferir ala infantil para o HGP e construir Maternidade em Palmas

 

“Decidimos fazer investimentos que pudessem ser aproveitados permanentemente. Então no final da pandemia, o Hospital que hoje combate à Covid-19 vai assumir as cirurgias eletivas. A ala infantil do Dona Regina passará a funcionar dentro do HGP, o que facilita o uso de UTIs e vamos construir o Hospital Maternidade de Palmas”, revelou o governador Carlesse.

 

Ele citou ainda o exemplo de Augustinópolis, onde foram instaladas 10 UTIs, que permanecerão ativas atendendo a comunidade do Bico do Papagaio, mesmo após o término da demanda da Covid.

 

Em Gurupi, o Estado espera entregar a primeira etapa do hospital no final de Janeiro e iniciar a segunda etapa em 2021. “Importante é não só começar as obras, mas terminar, por isso avalio ainda se serei ou não candidato ao Senado. Minha vontade é concluir o mandato e fazer o sucesso. Acho isso mais importante do que garantir oito anos no Senado”, avaliou.

 

Relação respeitosa com os poderes e mais de R$ 70 milhões de emendas pagas

 

Com uma relação tranquila com os demais poderes, o governador respondeu a pergunta sobre o como conseguiu chegar a este resultado. “É uma questão de ser direto, transparente. O que dá para fazer dá, o que não dá, não pode ser. O caixa pagador é o mesmo, sai tudo de um lugar só, então às vezes eles também precisam fazer seus sacrifícios, mas isso tem sido bem entendido”, argumenta.

 

A respeito do embate interno com os deputados envolvendo a questão das emendas (chegaram a aprovar um projeto, criando um fundo compulsório para o pagamento), o governador afirma que “ninguém consegue agradar 100% ninguém”.

 

“Eu conheço bem a Assembleia, o funcionamento da Casa, e eles tem sido muito parceiros. Inclusive votando medidas que são impopulares para eles. No caso das emendas, pedi que destinassem 35% para a Saúde, eles atenderam. Então, essas são de pagamento imediato. Também tem as da segurança que envolve polícia civil e militar, também o pagamento é rápido. E aí tem as outras, de atendimento aos municípios que a gente vai pagando conforme o caixa”, pontua.

 

Conforme Carlesse, mais de R$ 70 milhões de emendas foram pagas pelo seu governo.

 

Sem interferência política em Palmas

 

Questionado sobre a interferência do governo na eleição da Mesa diretora da Câmara de Palmas, como chega a ser ventilado nos bastidores, Carlesse nega. “Primeiro que eu não interferi na eleição. Eu tinha um compromisso com o Wanderley. O Eduardo Gomes chegou até mim e argumentou que poderíamos apoiar a Cinthia. Eu convenci o Wanderley a não sair para essa disputa”, conta.

 

Depois, o governo ficou fora da campanha. “Tenho seis deputados estaduais envolvidos na eleição de Palmas, então preferi ficar de fora. Eu pessoalmente fui à três reuniões de candidatos a vereador. Uma do irmão do Wanderley, outra do filho do Cleiton (Cardoso) e uma do Café”, relembra.

 

Sobre eleição da Mesa Diretora da Casa, Carlesse afirma não ter nenhuma interferência ou interesse. “Esse é um assunto (de interesse) do Wanderley”, finalizou.

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