Com dados de crianças desaparecidas no TO, Cedeca alerta para cuidado no carnaval

Desaparecimentos de crianças e adolescentes no carnaval, entenda e saiba como evitar.

Crianças na folia
Descrição: Crianças na folia

Casos como o da menina Laura Vitória, que desapareceu há dois anos e dois meses em Palmas, quando tinha 9 anos de idade, se tornaram muito comuns no Estado. Segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP-TO) só no ano de 2016, 83 crianças e adolescentes também desapareceram. Consecutivamente, em 2017, um total de 112 pessoas no Tocantins, sendo 55 crianças e adolescentes, que ainda não foram encontradas por seus familiares.

 

A violência contra crianças e adolescentes acontece todos os dias do ano e não é diferente no período das festas de Carnaval. É comum ver cenas de crianças e adolescentes trabalhando em estacionamentos, vendendo lanches nas ruas, sendo assediadas com "passadas de mão", consumindo bebidas alcoólicas ou mesmo ver pessoas procurando crianças que se perderam.

 

O Centro de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente (Cedeca Glória de Ivone) chama a atenção para a corresponsabilidade de todas as pessoas na proteção de crianças e adolescentes, mesmo quando não são pais ou mães delas.

 

Orientações 

 

Sobre os sumiços, a psicóloga do Cedeca Glória de Ivone, Mariana Miranda Borges, recomenda que sejam adotadas medidas de proteção para essas crianças durante o Carnaval, como a constante supervisão dos pais, não deixando as crianças sozinhas em momento algum, e a utilização de pulseiras com identificação do nome e telefone dos responsáveis.

 

"Nós precisamos proteger as crianças e adolescentes por estarem em um período peculiar do desenvolvimento. A violação de direito nesse período retira aspectos básicos do desenvolvimento desse sujeito que poderá refletir negativamente na sociedade, desde problemas de relacionamento com as pessoas a outros episódios de violência”, frisa a psicóloga.

 

Ela incentiva as pessoas a denunciarem qualquer situação em que crianças e adolescentes estejam em vulnerabilidade. As denúncias podem ser feitas no Conselho Tutelar ou no Disque 100, que funciona 24h de forma gratuita e anônima.

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