Comandante da PM se nega a comentar revogação de cessões para Palmas

O ato de revogação das cessões foi publicado no Diário Oficial de ontem, 20, e traz a revogação de quatro portarias assinadas pelo secretário-chefe da Casa Civil, Télio Leão Ayres

Coronel Edvan não quis comentar revogação de cessões
Descrição: Coronel Edvan não quis comentar revogação de cessões Crédito: Divulgação

O Comandante-Geral da Polícia Militar do Tocantins, coronel Edvan de Jesus Silva, não quis comentar hoje, 21, ao T1 Notícias, a revogação da cessão de seis policiais militares à Prefeitura de Palmas. O ato foi publicado no Diário Oficial desta terça-feira, 20, e traz a revogação de quatro portarias assinadas pelo secretário-chefe da Casa Civil, Télio Leão Ayres, que mantinham os seis oficiais à disposição da Prefeitura de Palmas.

 

As portarias que cediam os policiais militares para a gestão municipal são do mês de novembro e dezembro de 2017. Portanto, a atuação dos militares não chegaram a três meses.

 

A revogação foi vista e discutida nas redes sociais como retaliação às falas de Carlos Amastha, que criticou o Governo do Estado pela cessão de militares à políticos.  O Comando da PM também não comentou se vai revogar outras cessões, como à Assembleia Legislativa e demais instituições do Estado.  A prefeitura de Palmas também informou que não deve se pronunciar sobre o assunto.

 

Estavam a serviço do Executivo Municipal:

 

Cleiton Alen Rego Costa - Secretário Extraordinário de Implantação de Assuntos Estratégicos;

Albério Batista de Oliveira - Assistente de Gabinete da Secretaria de Segurança e Mobilidade Urbana;

João Paulo Procópio Vieira da Silva - Superintendente de Promoção de Políticas Públicas para Direitos Humanos;

Gleydson Raniere Alves Barbosa - Chefe de Gabinete Institucional

Rodrigo Westphan Barbosa de Jesus - Professor de artes marciais na Secretaria de Educação

Claudemir Portugal - Vereador 

 

Declarações

 

Em pré-campanha no norte do Estado, o prefeito de Palmas, Carlos Amastha (PSB) declarou que haveria excesso de pessoal da segurança pública do Estado atendendo político, quando deveria atender a população. “O dia que eu, como gestor, precisar andar com 10 seguranças é porque estou reconhecendo que sou incompetente para cuidar da segurança do povo. Policial é para cuidar da população e não de político”, disse Amastha.

 

O governador Marcelo Miranda (MDB), em resposta as declarações de Amastha, se pronunciou em evento em Palmas, sem citar nomes, que não aceita ser acusado de algo que não cometeu. “É muito fácil pegar o microfone e falar que tenho isso ou aquilo”, retrucou o governador. Miranda explicou aos presentes, no evento, que seu desabafo se faz necessário porque “tão dizendo por aí que tenho colegas da PM na minha segurança. Nós temos bons colegas mesmo, que não fazem só a segurança do governador, que é institucional, mas fazem a segurança da sociedade”, disse no momento.

 

Prefeitura comenta revogações

 

A Prefeitura de Palmas comentou as revogações em nota e esclareceu que, "quanto aos seis policiais militares que tiveram cessão revogada pelo Governo Estado no último dia 20, todos trabalhavam para a prefeitura de Palmas e não para o prefeito Amastha. O prefeito Amastha não usa Guardas Metropolitanos e nem PMs para cuidar de sua segurança. Esclarecemos ainda que as funções desempenhados pelos mesmos era em função da população de Palmas. Muito diferente da função exercida por vários policiais militares que ficam exclusivamente cuidando da segurança do Governador e da Vice-governadora. Destacamos ainda que as cessões de servidores entre a Prefeitura e o Estado são procedimentos legais, portanto normal que ocorram, com ônus para o requerente".

 

 

Uma demanda foi feita ao Governo do Estado e o Portal T1 aguarda resposta. 

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