Confiança do consumidor cresce 3%, mas continua no estado de pessimismo, avalia CDL

Resultado do último mês chegou a 42,4 pontos, abaixo de 50 pontos, que marca a diferença entre estado de confiança e pessimismo, explica a entidade

Crédito: Valério Zelaya/Prefeitura de Palmas/Divulgação

Conforme uma pesquisa realizada pela Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas (CNDL) junto com o SPC Brasil, a confiança do consumidor subiu 3,47% em agosto, em comparação com o mês de julho. No entando, a Câmara de Dirigentes Lojistas de Palmas (CDL Palmas) explica que os 42,4 pontos marcados no mês passado ainda está abaixo de 50 pontos, que marca a diferença entre o estado de confiança e de pessimismo dos consumidores.

 

O levantamento mostrou que as principais razões para a avaliação negativa do cenário econômico atual pelos consumidores são o desemprego e os preços elevados.

 

“Essa elevação na confiança do consumidor é positiva, pois mostra que nossa economia está começando a se reerguer depois da queda gerada pela greve dos caminhoneiros e pela crise que, de modo geral, vem afetando nosso país. No entanto, sabemos que as incertezas geradas pelo campo político vêm afetando a economia e fazendo com o que os consumidores se sintam menos confiantes”, explicou Silvan Portilho, presidente da CDL Palmas.

 

Situação Atual

 

A pesquisa apresentada pela entidade revela ainda que 81% dos consumidores avaliam que economia vai mal, 17% acham o cenário regular e apenas 1% avaliam que o quadro é bom.

 

A principal queixa entre os que fazem uma avaliação negativa do cenário econômico é o desemprego, mencionado por 73% desses consumidores. Em seguida, aparecem a percepção de que os preços estão elevados (58%) e as altas taxas de juros (36%).

 

Cerca de 41% dos consumidores dizem que vivem aperto financeiro, já 49% afirmam que as finanças se mantêm regular e 10% dizem que estão boas. Para os que que mencionaram enfrentar aperto, o elevado custo de vida é o principal motivo para essa percepção negativa, citado por metade desses consumidores (50%). Entre outras razões apontadas estão o desemprego (43%), a queda da renda familiar (27%), a perda de controle financeiro (10%) e os imprevistos (10%).

 

“Em momentos de crise, é preciso planejar a vida financeira muito bem. Sabemos que imprevistos acontecem, que muitas vezes a renda fica muito comprometida com gastos inesperados, mas a falta de controle financeiro pode agravar a situação e resultar em um alto índice de inadimplência”, avaliou Silvan Portilho.

 

Expectativa para os próximos meses

 

Dos entrevistado, 35% mostraram-se pessimistas em relação ao cenário da economia para os próximos meses e 42% disseram não estar nem otimista nem pessimista. Apenas 18% afirmaram estar otimistas. Entre os pessimistas, 57% disseram que a corrupção é o principal motivo da expectativa negativa.

 

Em relação ao futuro da própria vida financeira, o otimismo aumenta: mais da metade (58%) tem boas expectativas para os próximos meses. Os pessimistas, por sua vez, somaram 8%, enquanto 29% não têm expectativas nem boas nem ruins.

 

O elevado custo de vida é apontado por 49% dos entrevistados como o principal peso sobre o orçamento familiar. O endividamento é um fator que se destaca, mencionado por 17%, seguido do desemprego e a queda dos rendimentos mensais (10%). Essa percepção sobre o custo de vida reflete, mesmo com a queda da inflação, a perda de renda real durante o período mais agudo da crise.

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