Coordenação de Ações Afirmativas da UFT lança Campanha Novembro Negro

Campanha tem parceria com o Ministério Público Federal, Defensoria Pública, Associação dos Filhos e Amigos da África, e Coletivo de Mulheres Negras e Quilombolas

A Coordenação e o Comitê de Ações Afirmativas (Proex) promovem, neste mês, a Campanha Novembro Negro na UFT, tendo como mote principal o debate sobre o Racismo Institucional. De acordo com a programação, o evento tem início no Câmpus de Miracema, no próximo dia 7. Programações ocorrerão também nos câmpus de Tocantinópolis e Palmas e serão abertas a estudantes, técnicos administrativos, professores e a comunidade externa.

 

A campanha objetiva debater com a comunidade acadêmica o que é o Racismo Institucional; desenvolver estratégias de enfrentamento e prevenção ao racismo institucional; contribuir para a efetivação de um ambiente favorável à formulação e à implementação de práticas racialmente equitativas.

 

Discursos e enfrentamentos

 

No dia 7, no Câmpus de Miracema, no auditório da Unidade Warã, das 08h às 12h, ocorre uma mesa-redonda com o tema "Saúde Mental e Racismo Institucional: Discursos e Enfrentamentos". A mesa terá a participação do professor Ladislau Ribeiro, Yasmin Parreão, Wítano de Oliveira, Vanda Xerente e, como mediadora, Bianca Pereira.

 

A coordenadora de Ações Afirmativas da Pró-Reitoria de Extensão, Cultura e Assuntos Comunitários, Solange Nascimento, falou sobre o principal assunto a ser discutido no evento: "O norte da campanha é o enfrentamento ao racismo institucional, é discutirmos como o racismo se fortalece dentro das instituições, o que é o racismo institucional, nós buscamos também, sensibilizar as pessoas para entender como esses mecanismos  se engendram nos espaços e no que afetam".

 

A campanha tem parceria com o Ministério Público Federal (MPF), Defensoria Pública, Associação dos Filhos e Amigos da África (AFA), e Coletivo de Mulheres Negras e Quilombolas (Alagbara).

 

 

Programação:

 

Dia 13/11

Mesa-redonda: Racismo Institucional: O que você tem a ver com isso?
Palestrante: Solange Nascimento
Local: Tocantinópolis- Unidade Babaçu, das 19h às 21h.

Dia 14/11

Plenária de ações Afirmativas
Local: Tocantinópolis- Unidade Babaçu, das 08h às 17h.

Dia 19/11

Lançamento Oficial da Campanha: Racismo Institucional: Desafios, Impactos e Enfrentamentos Contemporâneos nas Instituições

Palestrantes Convidados: Defensora Pública Denise Leite, Professor Dr. Ladislau Ribeiro, Assistente Social Bianca Pereira, Discente Narubia Werreira. Mediadora: Solange Nascimento.
Local: Palmas - Cuica, a partir das 19h.

 

 

Racismo institucional

 

As primeiras referências sobre racismo institucional como conceito se dá na década de 1960, para a promoção de políticas de igualdade racial a partir de estudos na perspectiva pós-colonial de empoderamento e fortalecimento do movimento antirracista promovido por intelectuais e lideranças do movimento Panteras Negras. No Brasil, o Programa de Combate ao Racismo Institucional (PCRI) implementado no Brasil em 2005.

 

Ele se manifesta em normas, práticas e comportamentos discriminatórios adotados no cotidiano do trabalho, os quais são resultantes do preconceito racial, uma atitude que combina estereótipos racistas, falta de atenção e ignorância. O racismo institucional produz não só a falta de acesso e o acesso de menor qualidade aos serviços e direitos, mas também a perpetuação de uma condição estruturante de desigualdade em nossa sociedade.

 

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