Corregedor-geral entrega cargo após erros no sistema que pontua produtividade

Fábio Augusto Simon entregou o cargo na manhã desta sexta-feira, 21, informação essa que foi confirmada pela Secretaria Estadual da Segurança Pública SSP), que ainda não se manifestou sobre o assunto.

SSP ainda não se manifestou.
Descrição: SSP ainda não se manifestou. Crédito: Da Web.

Os erros na alimentação de sistema que pontua a produtividade de delegados civis do Tocantins resultaram no afastamento de corregedor-geral da Polícia Civil, Fábio Augusto Simon. Ele entregou o cargo na manhã desta sexta-feira, 21. A informação foi confirmada pela Diretoria de Comunicação da Secretaria Estadual da Segurança Pública (SSP), que ainda não se manifestou sobre o afastamento.

 

O motivo teria sido o descontentamento com os dados do primeiro Relatório de Atividades Funcionais (RAF), recém divulgado pela Secretaria da Segurança Pública (SSP), que atribuiu nota zero a alguns delegados, em especial aqueles que são responsáveis por investigações que envolvem nomes de políticos que estariam ligados a esquemas de corrupção no estado.

 

Assim que foi publicado o resultado do primeiro RAF, na terça-feira, dia 18, os dados causaram má repercussão na opinião pública e foram alvo de críticas pelos profissionais que atuam na SSP, inclusive do Sindicato dos Policiais Civis do Estado do Tocantins (Sinpol) que se manifestou por meio de nota de repúdio.

 

O delegado Guilherme Rocha, que está à frente da Delegacia de Repressão a Crimes de Maior Potencial contra a Administração Pública (Dracma) de Palmas, foi um dos que teve nota zero na avaliação de produtividades e se manifestou em rede social. “Foi publicado o RAF constando minha produtividade como zero. É dizer, operações como Jogo Limpo, Espectro (fantasma na AL), Catarse (fantasma em tudo), dentre outras; não passam de um faz de conta no imaginário do povo tocantinense. Próximo passo: minha remoção da DRACMA”, argumentou.

 

Um dia após a publicação, o Governo admitiu que havia inconsistências nos dados e que faria a correção, tornando sem efeito a publicação no Diário Oficial do Estado (DOE).

 

A SSP informou ainda que a desconformidade foi evidenciada em Nota Técnica elaborada pela Diretoria de Inteligência e Estratégia da instituição, responsável pelo levantamento dos dados. Mediante a isso, foi determinada a verificação dos motivos determinantes para o fato e eventual apuração de responsabilidades.

 

Para a SSP, a proposta contemplada no RAF atende às diretrizes de uma gestão pública baseada em evidência e orientada por resultados, que possam garantir uma melhor prestação de serviços à população tocantinense a partir de um atendimento às demandas de segurança pública local com presteza e rendimento funcional.

 

 

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