Criança aguarda cirurgia cardíaca no Dona Regina após Justiça determinar procedimento

A Defensoria Pública solicitou o bloqueio judicial dos valores necessários para o procedimento, incluindo UTI Aérea e todas as despesas, no valor de R$ 600 mil

Criança está na UTI Neonatal do Hospital Dona Regina
Descrição: Criança está na UTI Neonatal do Hospital Dona Regina Crédito: Divulgação

Uma criança de 21 dias está internada na UTI Neonatal do Hospital Dona Regina, em Palmas, à espera de uma cirurgia cardíaca que deveria ter sido realizada desde o dia 5 de julho, quando a Justiça determinou que Estado procedesse “urgentemente e imediatamente” com o procedimento cirúrgico.

 

Conforme informações da Defensoria Pública do Tocantins, a criança nasceu no dia 3 de julho, com “Síndrome do coração esquerdo hipoplásico: atresia mitral e aórtica”, no Hospital de Referência de Gurupi. De acordo com o defensor público Freddy Alejandro Solórzano, que acompanha o caso, até o momento o Estado segue descumprindo. “Como o Estado do Tocantins não possui serviço de cirurgia cardíaca infantil será necessário transferir o bebê para outro Estado que possui o serviço médico. A família está desesperada e a cada dia o estado de saúde da criança se complica”, explicou.

 

A Defensoria Pública solicitou o bloqueio judicial dos valores necessários para o procedimento, incluindo UTI Aérea e todas as despesas, no valor de R$ 600 mil.

 

Sesau explica

Em nota enviada ao T1 Notícias, a Secretaria de Estado da Saúde informou que no dia 7 de julho a criança A.R. foi removida do hospital de regional de Gurupi para a UTI neonatal do Hospital Dona Regina, onde está sedada e estável.

 

“A remoção teve a finalidade de proporcionar melhores condições e cuidados para o bebê. Quanto à cirurgia, a secretaria informa existe um processo de compra autuado e que está em fase de cotação para aquisição do procedimento cirúrgico. Tão logo haja disponibilidade de vaga a criança será removida, imediatamente, para realizar a intervenção cirúrgica”.

 

Ainda segundo a Sesau, “a Regulação Estadual da Secretaria da Saúde tem buscado 24 horas uma vaga para a cirurgia da recém-nascida, mas são poucos hospitais públicos ou privados que realizam estes procedimentos complexos. O Governo, em convênio com o Ministério da Saúde e o Hospital do Coração de São Paulo, está capacitando 30 profissionais para, após seu retorno, ao final de novembro, poder ofertar este serviço no Estado”.

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