Defesa do empresário Duda Pereira pede revogação da prisão preventiva e juiz nega

O juiz avaliou que neste caso, do acusado ser réu primário e ter bons antecedentes criminais não é o suficiente para revogar a prisão; além disso o magistrado percebeu tentativas de obstruir a justiça

Empresário está foragido há 46 dias
Descrição: Empresário está foragido há 46 dias Crédito: Foto: Divulgação

Mesmo com mandado de prisão preventiva em aberto desde o dia 10 de abril deste ano, a defesa do empresário e ex-presidente do Sindiposto, Eduardo Augusto Rodrigues Pereira, Duda, solicitou à justiça a revogação da prisão preventiva expedida contra o empresário, que está foragido há 46 dias. No entanto, o juiz da 1ª Vara Criminal de Porto Nacional, Alessandro Hofmann Mendes, expediu uma decisão no último dia 17, na qual não acatou a solicitação e manteve a prisão preventiva decretada.

 

O juiz entendeu que há indícios suficientes de que Duda seja o mandante da morte de Wenceslau Leobas, Vencim. “Diante da existência de elementos que apontam no sentido da presença simultânea da prova da existência do crime, indícios suficientes de autoria e do perigo concreto que a permanência do requerente em liberdade acarreta para a conveniência da instrução criminal”, informa o juiz na decisão.

 

O magistrado também considerou que “primariedade e bons antecedentes, por si sós, não elidem a prisão preventiva, desde que outras circunstâncias a recomendem”, e destacou ainda que percebeu as tentativas do acusado de obstruir a justiça. “Percebo que, ao contrário do que afirma a defesa técnica em seu pedido de revogação de prisão, há indícios demonstrando uma perfeita vinculação do acusado Eduardo com as tentativas de obstrução da instrução criminal”.

 

Por essas razões, o juiz Alessandro Hofmann julgou melhor manter a prisão de Duda. “Ante o exposto deixo de conceder a revogação da prisão preventiva solicitada pelo requerente”.

 

Entenda

Wenceslau Gomes Leobas de França Antunes, de 77 anos, foi ferido no dia 28 de janeiro de 2016, após ser alvejado com disparo de arma de fogo, o que o deixou em coma até o dia 14 de fevereiro, quando veio a óbito. De acordo com o inquérito policial, Alan Sales Borges, 34 anos, e José Marcos de Lima, 42 anos, conduziam um gol prata e estacionaram próximo à Câmara de Vereadores. Alan dirigiu-se até a residência da vítima, nas mediações, e aproveitando-se da ocasião em que Wenceslau saía de casa, por volta das 6h15, disparou a arma e o atingiu na região do pescoço. Em seguida, o acusado jogou a arma no chão e correu ao encontro de José Marcos, que lhe aguardava. Os dois fugiram da cidade, no sentido Palmas, sendo abordados e presos em flagrante pela Polícia Militar, na rodovia TO-050.

 

Segundo o Ministério Público Estadual (MPE), os homens receberam R$ 350 mil pela morte, sendo que R$ 33 mil já teriam sido pagos adiantados. Na época, Duda Pereira foi apontando como mandante do crime.

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