Do Pará, aviões começam a desembarcar em Palmas, pacientes Covid em busca de UTI’s

Pacientes foram levados para UTI's diversas na capital. Aviões fretados a Sete Táxi Aéreo, supostamente por uma multinacional instalada no pará, trouxeram os doentes para a capital

Aeroporto de Palmas
Descrição: Aeroporto de Palmas Crédito: Reprodução

O Aeroporto de Palmas recebeu entre quarta-feira e ontem, quinta-feira, 14, pelo menos quatro voos trazendo pacientes sintomáticos da Covid-19, oriundos do Pará. O transporte foi feito pela empresa Liss Care, em suas ambulâncias, para diferentes destinos hospitalares na capital.

 

Por telefone, falamos com uma funcionária da empresa, que apenas faz o transporte dos pacientes, sem sucesso na identificação de quais hospitais privados receberam os quatro pacientes. “Não podemos fornecer esta informação. Orientamos que vocês consultem os hospitais com UTI”, disse a funcionária.

 

Os aviões que fizeram o transporte pertencem a Sete Táxi Aéreo e chegaram entre às 3h30 da madrugada do dia 14 e às 16h30 do mesmo dia. Um voo chegou no dia 13.

 

Questionada sobre o controle desses voos trazendo pacientes contaminados com o vírus e os cuidados adotados no seu transporte, a Infraero respondeu ao T1 Notícias que o hangar não é controlado por ela e sim pelo Governo do Estado.

 

Já no Palácio Araguaia a informação é de que o governo é apenas locatário do espaço, não tendo responsabilidade sobre sua gerência. Os pacientes foram removidos pelo portão da Infraero.

 

Demanda na Vale e hospitais da Capital

 

O T1 Notícias questionou ainda a Vale do Rio Doce, multinacional que teria contratado os voos para trazer funcionários seus, para saber se estão esgotadas as UTI’s privadas do Pará e por que a opção pelo Tocantins. Aguardamos retorno ao e-mail. Sem sede no Tocantins a empresa não fez qualquer doação ou contribuição ao combate da doença no Estado.

 

Hospitais privados da capital também foram demandados a confirmar as internações e a reserva de leitos para pacientes de outros estados.

 

Sem hospital de campanha e com a capacidade de UTI’s Covid limitada, o Estado ainda não ocupou todos os leitos de UTI disponíveis na capital, mas pode vir a requisitá-los nos próximos dias, dependendo da curva de crescimento dos casos, que já superaram a marca dos 1029 ontem, com 70 internações.

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