
Os docentes das universidades federais, em greve há quase três meses, aguardam uma resposta do Governo Federal para uma contraproposta apresentada pelo sindicato nacional da categoria para por fim à greve.
De acordo com o professor Maurício Alves da Silva, diretor do Andes-SN, entidade sindical que representa a categoria, a proposta foi protocolada e agora é aguardada uma resposta do governo. “Vamos ficar avaliando o movimento até a próxima segunda-feira”, afirmou. Maurício está em Brasília onde acompanha todas as negociações com o Governo Federal.
A professora Neila Nunes de Souza, do comando de greve da Universidade Federal do Tocantins (UFT), afirmou que os professor foram flexíveis na contraproposta encaminhada ao governo. “Aceitamos a proposta de salário inicial oferecida pelo governo e reduzimos de 5% para 4% o índice de correção nos degraus da carreira”, lembrou a professora.
De acordo com Neila, vale destacar que a luta da categoria não é apenas por salários. “Também estamos preocupados com a reestruturação da carreira dos docentes e com a qualidade no ensino”, argumentou.
MEC não vai negociar
Os ministérios da Educação e do Planejamento, Orçamento e Gestão reafirmaram nesta sexta-feira, 24, que não haverá reabertura de negociações relativas à proposta salarial e de carreira docente apresentada pelo Governo Federal e já firmada pela Federação de Sindicatos de Professores de Instituições Federais de Ensino Superior (Proifes). Na proposta, o governo busca a valorização da dedicação exclusiva e da titulação dos docentes.
O aumento proposto prevê o mínimo de 25% e o máximo de 40%, a serem aplicados nos meses de março de 2013 (50%), de 2014 (30%) e de 2015 (20%). Fica assegurado, portanto, reajuste mínimo de 13% a partir de março do próximo ano.
(Com informações do Ministério da Educação)