DPE oficia Estado requerendo dados sobre mortes de suspeitos em confrontos com a PM

Neste mês, vários suspeitos foram mortos em confronto com a Polícia Militar no Tocantins, após trocarem tiros com os policiais. Entre os suspeitos, a maioria tinha passagens pela polícia

A Defensoria Pública do Tocantins oficiou a Controladoria Geral do Estado e a Corregedoria Geral da Polícia Militar, requisitando informações quantitativas sobre os registros de suspeitos mortos e feridos em confrontos com a polícia no Tocantins nos últimos anos. Conforme a DPE, o Núcleo Especializado de Defesa dos Direitos Humanos instaurou procedimento para “reunir diligências com vistas à prevenção e à repressão da violência institucional de natureza policial e ao aprimoramento das políticas públicas e dos procedimentos de controle da atividade policial”, informou a Defensoria.

 

Neste mês, vários suspeitos foram mortos em confronto com a Polícia Militar no Tocantins, após trocarem tiros com os policiais. Entre os suspeitos, a maioria tinha passagens pela polícia por roubo, tráfico de drogas e homicídios. Destes, vários seriam integrantes de facções criminosas como o PCC e Comando Vermelho. Na madrugada de ontem, 23, em Palmas, o principal suspeito de ser o mandante dos ataques às Bases da Polícia Militar no Santa Bárbara e Taquari, e ainda aos Correios de Taquaralto, foi morto após trocar tiros com a polícia. Conforme informações da Rotam (Rondas Ostensivas Táticas Metropolitanas), R. V. G., de 21 anos, possuía uma vasta lista criminal, com vários dos crimes cometidos ainda quando adolescente. O suspeito ainda era considerado o cabeça do PCC na região Norte.

 

A Defensoria Pública informou que solicitou à Secretaria de Segurança Pública informações sobre o cumprimento do art. 3º, parágrafo 2º, da Resolução Conjunta nº 2/2015 do Conselho Superior de Polícia, a respeito da comunicação à DPE acerca da instauração de inquérito policial relativo “às hipóteses em que, do emprego da força policial resultar ofensa à integridade corporal ou à vida do resistente, bem como acerca da observância da aludida Resolução no que diz respeito à tramitação prioritária dos inquéritos policiais instaurados nessa hipótese”.

 

A DPE também revelou que o objetivo é criar um Grupo de Trabalho com vistas à elaboração de protocolo de atuação da instituição em casos de violência institucional de natureza policial.

Comentários (0)