Duda Pereira é intimado e prestará depoimento à Justiça em fevereiro de 2017

Apontado como principal suspeito de ter encomendado a morte do empresário Vecim Leobas, Duda será ouvido em audiência no dia 13 de fevereiro de 2017, em Porto Nacional; defesa reitera inocência

Duda Pereira reafirma inocência
Descrição: Duda Pereira reafirma inocência Crédito: Foto: T1 Notícias

O empresário e presidente afastado do Sindiposto, Duda Pereira foi intimado no último dia 18, para uma audiência de instrução que será realizada no dia 13 de fevereiro de 2017, às 14h, na 1° Vara Criminal de Porto Nacional. Ele será ouvido pelo juiz Alessandro Hoffman sobre o assassinato do empresário Wenceslau Gomes Leobas, o Vecim, que faleceu no dia 14 de fevereiro deste ano, durante um coma, após ter sido atingido no dia 28 de janeiro com disparo de arma de fogo na porta da própria casa, em Porto Nacional.

 

Em nota enviada ao T1 Notícias nesta segunda-feira, 24, a defesa informou que recebeu com naturalidade a intimação para a audiência e ressaltou que, ao longo do processo, o empresário “tem auxiliado a Justiça sempre que requisitado, e na audiência agendada, não será diferente”. A defesa reiterou a inocência de Eduardo Pereira.

 

Duda é apontado como o principal suspeito de ter encomendado a morte de Vencim. À época dos fatos, o Ministério Público Estadual pediu a prisão preventiva do empresário, uma vez que o executor do crime e seu comparsa, Alan Sales Borges e José Marcos Lima, já respondem pelo assassinato em outro processo e estão presos. O pedido para a prisão de Duda foi negado pelo juiz Márcio Barcelos Costa. Oito testemunhas foram ouvidas pela 1° Promotoria do MPE e todas declararam que o empresário Vecim temia pela vida por estar sofrendo ameaças em razão por tentar abrir um posto de combustível na Capital, para vender mais barato do que o preço praticado em Palmas. Em entrevista ao T1 Notícias em junho deste ano, Duda negou categoricamente ser o mandante do crime: “não mandei matar o Vencim”.

 

Entenda

Ao concluir, no dia 16 de maio deste ano, o relatório final do inquérito que investiga o assassinato do empresário Wenceslau Gomes Leobas de França Antunes (Vencim), o delegado Hudson Guimarães Leite, da Delegacia de Investigação Criminais (Deic), indiciou Duda Pereira como o suposto mandante do crime. No relatório, o delegado relatou que a investigação foi baseada na informação de que o assassinato de Wenceslau havia sido encomendado por um possível grupo ligado a um suposto cartel de combustível, ocasião em que foram presos em flagrante os executores Alan Sales Borges e José Marcos de Lima.

 

Ainda conforme o delegado, no inquérito a filha da vítima disse, em depoimentos, que seu pai era proprietário de uma rede de postos de combustíveis, instalados nas cidades de Porto Nacional, Brejinho de Nazaré, Silvanópolis, Ponto Alta do Tocantins e Aparecida do Rio Negro e que o mesmo nunca teria concordado com o alinhamento de preços de combustíveis, razão pela qual não fazia parte do Sindicato dos Postos de Combustíveis do Estado do Tocantins (Sindiposto).

 

Wenceslau Gomes Leobas de França Antunes, de 77 anos, foi atingido no dia 28 de janeiro deste ano, após ser alvejado com disparo de arma de fogo, o que o deixou em estado de coma até o dia 14 de fevereiro, quando faleceu. De acordo com o inquérito policial, Alan Sales Borges, 34 anos, e José Marcos de Lima, 42 anos, conduziam um gol prata e estacionaram próximo à Câmara de Vereadores. Alan dirigiu-se até a residência da vítima, nas mediações, e aproveitando-se da ocasião em que Wenceslau saía de casa, por volta das 6h15, disparou a arma e o atingiu na região do pescoço. Em seguida, o acusado jogou a arma no chão e correu ao encontro de José Marcos, que lhe aguardava. Os dois fugiram da cidade, no sentido Palmas, sendo abordados e presos em flagrante pela Polícia Militar, na rodovia TO-050.

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