Durante Conass, Vanda Paiva diz que TO planeja para atender demanda crescente

O futuro do SUS, em três cenários: o estável, o pessimista e o otimista tomou conta da manhã de debates do II Seminário do Conass em Brasília. Segundo a secretária da pasta, o Estado projeta demanda

 

A demanda crescente pelo atendimento no SUS caminha nos próximos anos para doenças ligadas a obesidade e às diversas demências, depressão e doenças psíquicas. A informação, dada na manhã desta quarta-feira, 25, no II Seminário do Conass – Conselho Nacional de Secretários de Saúde – pelo ex-ministro da Saúde, José Gomes Temporão, foi comentada pela secretária de Saúde Vanda Paivam, que participa do encontro.

 

“Nós temos que projetar o crescimento da demanda e preparar nossa rede para estar preparada para o atendimento das doenças que estão crescendo”, disse a secretaria ao T1 Notícias no final da rodada de debates da manhã.

 

Segundo Vanda Paiva, 05 novas estruturas para abrigar os CAPS já estão aprovados na CIB, (Comissão Intergestora Bipartite) e seus projetos devem ser encaminhados após cadastro do município interessado no Ministério da Saúde. “Os CAPS, dos três tipos, são geridos normalmente pelos municípios”,  informou.

 

Nos dados apresentados pelo ex-ministro, alguns números impressionam. “O SUS tem 25 anos e é um sucesso em vários aspectos. Nós saímos de um cenário antes da Constituinte de 88, que era de um sistema fragmentado, e migramos para outra realidade, em que a Saúde tornou-se direito universal de todos e dever do Estado”, explicou Temporão.

 

No decorrer dos anos, segundo o ex-ministro, as endemias foram combatidas, as doenças infecto contagiosas, houve a redução dos índices de mortalidade, entre outros indicadores. “Enquanto que temos uma redução no tabagismo interessante, e um controle das doenças crônicas, por outro lado o brasileiro está vivendo mais e crescem as doenças advindas da idade, além do sobrepeso e da obesidade”, explicou.

 

Nos últimos anos houve um acréscimo de 50% nos pacientes com sobrepeso e 15% nos casos de obesidade diagnosticada. “Isso vai custar ao Sistema Único de Saúde cerca de R$ 40 bi nos próximos anos, se não houver uma reversão”, disse o ex-ministro.

 

Os debates prosseguem durante o período da tarde. À noite a secretaria Vanda Paiva participa da reunião dos secretários, e nesta quinta-feira, da reunião da CIB.

 

O ministro Alexandre Padilha foi representado pelo secretario de Gestão Estratégica e Participativa do Ministério da Saúde,  Luiz Odorico Monteiro de Andrade.

 

* Roberta Tum viajou a convite do Conselho Nacional dos Secretários de Saúde para companhar o II Seminário do Conass: Caminhos da Saúde no Brasil

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