Estados pedem que operadores bloqueiem sinal de celular, antena e rádio nas cadeias

Em reunião, dirigentes do Conselho de Justiça solicitaram um projeto de lei que proíba a emissão de sinal de celular, antenas e rádios nas unidades prisionais e redondezas

Casa de Prisão Provisória de Palmas
Descrição: Casa de Prisão Provisória de Palmas Crédito: Da Web

Secretários e dirigentes estaduais solicitaram ao Ministério da Justiça e Segurança Pública a apresentação de um projeto de lei federal que determine que as operadoras de telefonia celular bloqueiem sinais de celulares, instalação de antenas e estações de rádio nas proximidades de penitenciárias de todo o país.

 

O solicitantes compõem o Conselho de Justiça, Cidadania, Direitos Humanos, Segurança e Administração Penitenciária (Consej),e se reuniram em Palmas, nesta sexta-feira, 29, no Palácio Araguaia. Participaram da reunião gestores nacionais representantes de 17 estados mais o diretor-geral do Departamento Penitenciário Nacional (Depen), Marcos Antônio Severo Silva, representando a União que apresentaram várias demandas ao ministro da Justiça e Segurança Pública, Torquato Jardim, quanto à gestão prisional e penitenciária brasileira.

 

Na ocasião também foi solicitada uma legislação específica para construção de unidades penais, às quais devem ser livres da interferência dos municípios selecionados para edificação, e livres de consulta popular. Ainda com o objetivo de instrumentalizar os sistemas penitenciários, no que diz respeito aos serviços de vigilância e escoltas de presos, o Consej deliberou ofício ao governo federal solicitando que faculte, via lei, ao Poder Judiciário a doação de equipamentos armas e munições apreendidas.

 

Na pauta da reunião, ainda constou a ampliação de cursos de formação para agentes de inteligência prisional, o qual abranja todo sistema penitenciário brasileiro, e a constituição de uma Força Nacional de Intervenção Penitenciária com legislação específica mediante pacto nacional.

 

Regionalização

No que tange ao Tocantins, Gleidy Braga argumentou no grupo do Consej que trabalha para a regionalização do Sistema Penitenciário. “Hoje temos 40 unidades prisionais para uma população carcerária de pouco mais de 3.400 presos. A ideia é reduzir para até 20 unidades, ao mesmo tempo em que aumentamos a oferta de vagas construindo unidades com maiores capacidades, processo esse que está em andamento”, explicou.

 

Facções

Impedir que lideranças de facções criminosas e presos com atuação em dois ou mais estados retornem às penitenciárias estaduais também foi pauta de debate pelo Consej, que solicitou ao Ministério da Justiça e Segurança Pública que crie legislação que verse sobre essa tema. Também foi solicitado ao Ministério que crie um sistema integrado, sediado no Departamento Penitenciário Nacional (Depen), que promova a remoção interestadual de presos com fulcro no atendimento das questões relativas aos processos criminais e à execução penal.

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