Estudantes da UFT protocolam representação no MPF pedindo direito de formar

Técnicos da UFT estão em greve e as portas das secretarias acadêmicas da universidade continuam fechadas. Matrículas dos calouros não serão realizadas e formandos podem ser prejudicados...

Estudantes protocolam documento
Descrição: Estudantes protocolam documento Crédito: Colaborador T1

Estudantes da Universidade Federal do Tocantins (UFT) protocolaram na tarde desta sexta-feira, 11, uma representação no Ministério Público Federal (MPF) solicitando intervenção da Justiça para que os técnicos administrativos da universidade retomem efetivo suficiente para que os formandos possam colar grau em data programada, seguindo o calendário acadêmico.

As informações são de que alunos de mais de 10 cursos da universidade estão envolvidos na mobilização. Na reunião do Sindicato dos Técnico-Administrativos da UFT realizada nesta sexta, os estudantes estavam presentes e escreveram uma carta direcionada aos grevistas, pedindo que abrissem as portas da Secretaria Acadêmica. Os formandos alegam que já assinaram contrato com fornecedores, programaram a formatura e podem ficar no prejuízo caso a data seja adiada.

 

Greve continua

O presidente do Sindicato dos Técnico-Administrativos das Instituições Federais de Ensino Superior do Estado do Tocantins (Sintad), Edi Passos, informou na manhã deste sábado que a maioria dos servidores decidiu em assembleia que não farão a matrícula dos calouros nos Campus de Arraias, Tocantinópolis, Miracema e Palmas. “As portas das secretarias acadêmicas continuarão fechadas”, disse Edi Passoas.

Desta forma, os formandos também não irão colar grau na data programada pela universidade, porque os diários não serão integrados e as notas lançadas. O presidente declarou que, com a continuação da greve, “a universidade vai ter que rever os calendários”.

De acordo com presidente do Sintad, cerca de 60% dos servidores continuam em greve. “Atinge todos os campus, mas nem todos os servidores aderiram”. Edi Passos admitiu que as negociações do movimento grevista com a Reitoria avançaram, entretanto, a greve deve seguir em consonância ao movimento nacional. Segundo ele, mesmo que a UFT atenda as demandas da categoria no Estado, a greve segue para fortalecer o movimento nacional.

Edi Passos garante que o movimento grevista se sensibiliza com a situação dos formandos: “o sindicato se sensibiliza, ouvimos os estudantes, lemos a carta deles direcionada ao movimento, mas a decisão foi por maioria”, disse.  

Sobre a ação dos estudantes no MPF, o presidente afirmou que o Sintad vai esperar ser notificado para se manifestar a respeito.

 

Campanha na internet

Estudantes da UFT iniciaram uma campanha nas redes sociais com a hashtag #MeDeixaFormarUFT. A mobilização está ganhando espaço no facebook desde a tarde desta sexta-feira. Coforme relatou a formanda de Comunicação Social/Jornalismo, Rita Coelho, “mesmo os estudantes que não estão formando se sensibilizaram com a nossa situação e estão aderindo a campanha”.

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