Exército Brasileiro arquiva processo contra Cláudio Schuller sem aplicação de pena

Cláudio Shuller foi preso pela Polícia Federal após denúncia anônima, no dia 23 de setembro, sob suspeita de estar comercializando armas ilegalmente e transportando armas irregularmente

Cláudio Schuller é investigado pela PF
Descrição: Cláudio Schuller é investigado pela PF Crédito: Foto: Felipe Borges

O Comando Militar do Planalto, 11ª Região Militar, decidiu pelo arquivamento do processo administrativo aberto contra o secretário municipal Cláudio Schuller, sem aplicação de pena, pelo transporte de armas de sua coleção, em setembro do ano passado, sem a guia autorizativa do próprio Exército Brasileiro.

 

Após apresentada a defesa e ouvidas as testemunhas, a conclusão do procedimento administrativo foi de que Schuller foi induzido a erro pelo seu despachante, que lhe informou - após consulta ao Batalhão em Palmas - que o transporte poderia ser feito naquele dia e a guia retirada no dia seguinte.

 

"Essa é uma decisão esperada por que após diversas buscas e apreensões ficou comprovado que eu não tinha nenhuma arma irregular ou contrabandeada", disse o secretário, por telefone ao T1 Notícias, sobre o caso. "Entendo que a PF está fazendo seu trabalho de investigar, mas com certeza será demonstrado mais à frente que eu não exerci nenhuma atividade ilegal", defendeu-se.

 

Cláudio Shuller foi preso pela Polícia Federal após denúncia anônima, no dia 23 de setembro, sob suspeita de estar comercializando armas ilegalmente e transportando armas irregularmente. A denúncia era de que o secretário poderia estar contrabandeando armas do Paraguai. O inquérito segue aberto na Polícia Federal, prorrogado por mais 90 dias para conclusão, sem que nenhuma arma irregular fosse encontrada nas operações de busca realizadas na casa do secretário.

 

Entenda o caso 

Schuller foi preso na semana anterior às eleições, a partir de uma operação deflagrada pela PF, com base em denúncia anônima. O secretário tem CR - Certificado de Registro - autorizado pelo Exército Brasileiro como atirador, colecionador de armas e caçador.

 

O Exército controla, autoriza e fiscaliza essas atividades através do SIGMA. Schuller tinha armas do seu acervo registradas também no SINARM, sistema da PF, que não foram levadas durante a operação.

 

O suposto crime pelo qual Schuller é investigado é o previsto no art. 334 do Código Penal que é o de descaminho e contrabando. Não há provas contra o secretário que corroborem a denúncia anônima recebida na reta final do processo eleitoral.

 

Claudio Schuller ingressou com um pedido de Habeas Corpus no TRF e aguarda julgamento. 

 

Em Palmas, o Clube de Tiro que Schuller integra abriu procedimento administrativo e concluiu que o secretário não cometeu nenhuma irregularidade diante do regimento interno do clube.

 

O Exército Brasileiro já restabeleceu o CR de Schuller, solicitando à PF que devolva as armas pertencentes ao acervo do secretário.

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