Fiocruz coloca Tocantins em zona de alerta crítico e pede atenção e prudência

Os pesquisadores chamam atenção sobre a necessidade de se combinar medidas para enfrentamento da pandemia nas próximas semanas, até que a maior parte da população esteja vacinada

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Descrição: Imagem ilustrativa Crédito: Fiocruz

Em boletim Covid-19 da Fiocruz, divulgado nesta última quarta-feira, 9, a instituição alerta o Tocantins para o cenário atual da pandemia, que é de alto risco, exigindo do Estado muita atenção e prudência já que o mesmo está em situação critica com alta na taxa de ocupação de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTIs).

 

Quando o informativo foi publicado, o Tocantins encontrava-se com taxa de 94% de ocupação dos leitos de UTI Covid. Nesta quinta, 10, o Integra, portal da Secretaria de Estadual de Saúde, apresentava ocupação de 96% nos leitos mantidos pelo Governo do Estado. 

 

A análise da Fiocruz mostra que as pequenas oscilações no número de casos nas últimas semanas demonstram a permanência de elevado nível de transmissão do vírus. Os pesquisadores chamam atenção sobre a necessidade de se combinar medidas para enfrentamento da pandemia nas próximas semanas, até que a maior parte da população esteja vacinada.

 

Medidas 

 

Quanto às medidas de enfrentamento a serem adotadas, enquanto a maior parte da população não está vacinada, os pesquisadores afirmam que, com exceção do bloqueio/lockdown (que é uma medida mais forte e que deve ser adotada para os estados e municípios com taxas de ocupação de leitos UTI Covid-19 de 85% ou mais), devem incorporadas algumas ações fundamentais como como garantir o suprimento de insumos fundamentais para o atendimento; às políticas e ações sociais, cujo objetivo é mitigar os impactos sociais e sanitários da pandemia, principalmente para as populações e grupos mais vulneráveis.

 

Taxas de ocupação de leitos

 

Os dados levantados nos dias 31 de maio e 7 de junho sinalizam que as taxas de ocupação de leitos de UTI Covid-19 para adultos no SUS mantêm-se em relativa estabilidade, em níveis muito elevados. As poucas quedas mais significativas do indicador se deram em Rondônia (de 72% para 62%), Espírito Santo (de 76% para 68%) e Mato Grosso (de 95% para 87%), com os dois primeiros estados se mantendo na zona de alerta intermediário e o último na zona de alerta crítico.

 

Em contrapartida, se observaram aumentos do indicador mais expressivos em Roraima, que volta à zona de alerta crítico, muito possivelmente pela redução dos leitos de UTI disponíveis – originalmente eram 90, há algumas semanas passaram a 60 e na última semana caíram para 54 – e no Maranhão, que se mantém na zona de alerta crítico, com o indicador saindo de 83% para 90%. Todos os estados das regiões Nordeste, Sul e Centro-Oeste permanecem com taxas iguais ou superiores a 80% e, no Sudeste, a única exceção é o Espírito Santo.

 

No Norte, o Acre se mantém como único Estado fora da zona crítica e Tocantins soma-se à Roraima na zona de alerta crítico, refletindo, no entanto, uma piora na dinâmica da pandemia. No Distrito Federal, continua chamando a atenção a quantidade de leitos bloqueados, embora a taxa de ocupação esteja elevada. 

 

Doze unidades da Federação encontram-se com taxas de ocupação iguais ou superiores a 90%: Tocantins (94%), Maranhão (90%), Ceará (93%), Rio Grande do Norte (94%), Pernambuco (97%), Alagoas (91%), Sergipe (99%), Paraná (96%), Santa Catarina (97%), Mato Grosso do Sul (107%), Goiás (90%) e Distrito Federal (90%). Nove estados apresentam taxas de ocupação de leitos de UTI Covid-19 para adultos entre 80% e 89%: Roraima (87%), Piauí (88%), Paraíba (80%), Bahia (84%), Minas Gerais (82%), Rio de Janeiro (81%), São Paulo (82%), Rio Grande do Sul (84%) e Mato Grosso (87%). Cinco estados estão na zona de alerta intermediário (≥60% e <80%): Rondônia (62%), Amazonas (61%), Pará (78%), Amapá (68%) e Espírito Santo (68%). Um está fora da zona de alerta: Acre (41%). 

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