“Gatos” de energia elétrica no Tocantins causam prejuízo de R$ 47,8 milhões

Essa semana um comerciante foi preso em Palmas, após ser flagrado furtando energia, em uma fábrica de gelo na quadra 103 Norte. O suspeito furtava cerca de R$ 8 mil por mês em eletricidade, há um ano

Técnicos monitoram suspeitas de fraude
Descrição: Técnicos monitoram suspeitas de fraude Crédito: Foto: Ascom/Energisa

Os “gatos”, que são o furto ou fraudes na rede de energia elétrica, causaram um prejuízo de R$ 47,8 milhões em 2016 no Tocantins, segundo levantamento da Energisa. Deste montante, R$ 9,8 milhões deixaram de entrar nos cofres públicos por meio da arrecadação do ICMS. Na última quarta-feira, um comerciante foi preso em Palmas, após ser flagrado furtando energia. De acordo com a Polícia Civil, o homem tem uma fábrica de gelo na quadra 103 Norte e furtava cerca de R$ 8 mil por mês em eletricidade, há cerca de um ano.

 

Titular da Delegacia de Repressão a Crimes contra Concessionárias Prestadoras de Serviços Públicos (Derfae), o delegado Elírio Putton Júnior ressalta que o furto de energia elétrica é considerado um crime grave e que as consequências podem atingir não só aquele que faz ligações clandestinas, mas toda a vizinhança. “É importante salientar que o furto de energia elétrica é um crime grave não só pelo grande prejuízo financeiro que causa, mas principalmente pelo risco que as ligações clandestinas causam à família do infrator e aos vizinhos, devido à possibilidade de causar incêndios”.

 

Os “gatos” são alvos de fiscalização constante da Energisa. Tanto a fraude quanto o furto de energia elétrica são crimes previstos no Código Penal (Artigo 171 (estelionato) e Artigo 155 (furto)). A pena para esses crimes é de um a quatro anos de reclusão. Também são cobrados os valores retroativos referentes ao período fraudada, em que o cliente se beneficiou do consumo de energia sem pagar. Quando a fraude ou o furto são descobertos, o responsável pode ter o seu fornecimento de energia suspenso. 

 

O valor de perda da Energisa está no patamar de 393.173 Mwh (Megawatt-hora). Parte dessa perda é devido ao processo de Transmissão e Distribuição de Energia. A outra parcela é referente a processos irregulares que chegam a 81.472 MWh. Essa energia é suficiente para alimentar a cidade de Palmas por 1 mês e meio. “Furto de energia é puxar energia diretamente da rede elétrica, sem o conhecimento e a autorização da distribuidora. São os conhecidos ‘gatos’. Fraude é quando o consumidor rompe os lacres da sua medição e manipula o consumo do seu relógio de energia com o objetivo de reduzi-lo ou não”, explica Helier Eurico Fioravante, gerente de recuperação de energia da Energisa.

 

Para combater os furtos e fraudes, os técnicos da Energisa monitoram as suspeitas de fraude com equipamentos de alta tecnologia em rastreamento. Periodicamente os profissionais da distribuidora promovem inspeções nos relógios de energia e demais instalações elétricas, objetivando verificar o seu correto funcionamento e também se existem irregularidades.

 

(Com informações da Ascom/Energisa)

 

 

 

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