Gestora de UTIs no TO conquista nível de excelência com certificação internacional

Dos mais de 20 mil hospitais no país, somente uma pequena parcela, pouco mais de 20 hospitais no Brasil, possuem essa certificação

Empresa de UTI atua no Tocantins e em vários estados
Descrição: Empresa de UTI atua no Tocantins e em vários estados Crédito: Divulgação

A Intensicare, gestora de UTIs no Tocantins e em vários Estados do país, acaba de conquistar o nível 6 de excelência com a certificação da Health Information and Management Systems Society (HIMSS), uma organização mundial que certifica instituições de saúde no mundo inteiro na adoção das melhores práticas de tecnologia.

 

Quando o assunto é tecnologia em saúde, essa é a certificação mais desejada. Para se ter uma ideia do nível de dificuldade na obtenção desse reconhecimento, o número de instituições brasileiras que alcançaram seu penúltimo nível (nível 6) chega a 20 em todo o país. O estágio 7, que é integração máxima em todos os departamentos do hospital, é tão excepcional que, no Brasil, nenhuma instituição conseguiu alcançá-lo, ainda.

 

“Uma vez que a instituição atende todos os requisitos preconizados pela HIMSS é buscada a certificação. Uma comissão de fora do país vem avaliar e testar todas as provas de conceito, e uma vez que a instituição consegue obter êxito, ela é devidamente certificada. A Intensicare conseguiu alcançar o penúltimo nível, o 6, e o nosso próximo desafio é chegar ao nível 7. Para chegarmos até aqui foram várias etapas e investimentos”, explica Filipe Carmo, diretor de Tecnologia da Intensicare.

 

Para conquistar este reconhecimento, o principal ponto preconizado é o circuito do cuidado ao paciente, desde a entrada dele no hospital, até a sua alta. “A HIMSS preconiza que, na entrada do paciente na UTI, ele deve estar devidamente identificado com uma pulseira; que aconteçam todas as prescrições e evoluções médicas dentro do sistema Tasy; que a farmácia faça toda a dispensação através do sistema com código de barras; que a assistência, que são os técnicos e enfermeiros, à beira leito, através de um computador e com o carrinho de medicamentos, façam toda a checagem e aplicação de medicamentos, tudo via sistema; que o sistema possua controles e indicadores assistenciais, enfim, esses são os principais tópicos exigidos para obter essa certificação”, conta Filipe.

 

O diretor de Tecnologia reforça que dos mais de 20 mil hospitais no país, somente uma pequena parcela, pouco mais de 20 hospitais no Brasil, possuem essa certificação. “Com isso a Intensicare já demonstra o compromisso que tem com os cuidados com seus pacientes e com os investimentos que faz. Porque tudo isso, no final das contas, tem foco no cuidado da qualidade do atendimento ao paciente. Para um comparativo, os hospitais do Brasil que possuem essa certificação que a Intensicare alcançou são as grandes redes como Albert Einsten, Samaritano, Hospital Alemão Oswaldo Cruz, algumas cooperadas da Unimed, e a Intensicare é a única empresa do Norte e Centro-Oeste que possui essa certificação”, revela Filipe.

 

Futuro das instituições de saúde

 

Para um dos diretores fundadores da empresa, Bruno Aquino, a certificação demonstra, mais uma vez, o compromisso da Intensicare com a saúde no Brasil. “A certificação que recebemos é uma das mais importantes na área hospitalar no mundo. Somos a primeira instituição da região Norte do Brasil a conquistar e isso reforça o pioneirismo da Intensicare. Essa certificação demonstra o compromisso para a qualidade dos nossos processos e o foco na segurança dos nossos pacientes”, pontua.

 

Saiba mais

 

A Health Information and Management Systems Society (HIMSS) é uma associação internacional de extremo prestígio perante o setor da saúde. Fundada na década de 1960, em Chicago (EUA), a HIMSS hoje já atua em todos os pontos do mundo e, entre suas atividades, vale a pena citar o congresso anual realizado nos Estados Unidos intitulado HIMSS Conference, o programa de desenvolvimento e a certificação profissional para TI na saúde (CPHIMS), além, é claro, do Electronic Medical Record Adoption Model (EMRAM) ou modelo de adoção do registro médico eletrônico, um modelo elaborado pela HIMSS para ser seguido pelas instituições de saúde, a fim de que se creditem para receber a chancela de excelência em desenvolvimento tecnológico hospitalar. Essa iniciativa evidencia o objetivo máximo da HIMSS: estimular o uso da Tecnologia da Informação pelo setor de saúde.

 

Estágios

 

- Estágio 0: ausência completa de informatização. Não há LIS (sistema para laboratórios), RIS (radiologia) ou PHIS (farmácia).

 

- Estágio 1: LIS, RIS e PHIS já instalados ou resultados de exames disponíveis na web a partir de prestadores de serviços externos.

 

- Estágio 2: repositório de dados clínicos (CDR) instalado e centralizado. Pode ter um Vocabulário Médico Controlado (CMV), um sistema de apoio à decisão clínica ainda rudimentar, voltado à conferência básica de interações. Já há alguma capacidade de intercâmbio de informação clínica-assistencial. A partir dessa etapa, as implementações passam a ser mais trabalhosas.

 

- Estágio 3: documentação de enfermagem presente no prontuário eletrônico. Sistema de suporte à decisão clínica (CDSS) para verificação de erros durante a prescrição e pedidos de exames. PACS disponível fora da radiologia.

 

- Estágio 4: sistema de prescrição e pedidos de exames instalado em ao menos uma área assistencial. Sistema de apoio à tomada de decisão baseado em protocolos clínicos.

 

- Estágio 5: PACS completo com a substituição dos filmes radiográficos em favor da flexibilidade e extrema qualidade das imagens digitais. Essa etapa merece maiores investimentos, pois é a inserção desse tipo de sistema garantirá melhorias significativas no fluxo de trabalho da instituição.

 

- Estágio 6: sistema completo de suporte à decisão, circuito fechado de gerenciamento de medicação. Há a possibilidade de tratar dados clínicos por meio de análises estatísticas.

 

- Estágio 7: PEP completo e integração máxima em todos os departamentos do hospital. Data Warehousing abastece relatórios complexos, contendo resultados clínico-assistenciais trabalhados por soluções em Business Intelligence (BI). O nível 7 do EMRAM é tão excepcional que, no Brasil, nenhum hospital conseguiu alcançá-lo (ainda).

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