Governo do Tocantins estreita laços com Emirados Árabes para comércio e turismo

O encontro de aproximação aconteceu em Dubai entre o presidente da Adetuc, Tom Lyra, e o representante do Turismo dos Emirados Árabes Unidos (EAU), Abdul Laal Nazari

Tom Lyra e Abdul Laal Nazari, durante encontro em Dubai
Descrição: Tom Lyra e Abdul Laal Nazari, durante encontro em Dubai Crédito: Divulgação

A aproximação bilateral com vistas à promoção de destinos tocantinenses e de investimentos estrangeiros no Estado foi assunto de reunião nesta segunda-feira, 13, em Dubai , entre o presidente Agência do Desenvolvimento do Turismo, Cultura e Economia Criativa (Adetuc), Tom Lyra, e o representante do Turismo dos Emirados Árabes Unidos (EAU) em Dubai, Abdul Laal Nazari. Os dois acertaram que representantes da Adetuc e do governo local irão discutir a organização de uma missão oficial ao Tocantins, a fim de permitir a divulgação de atrativos do Estado e a apresentação de projetos que possam despertar a atenção de empresários de Dubai no Tocantins.


Um dos objetivos é favorecer o fluxo de turistas entre os dois países, que tende a crescer a partir da operação de cinco voos semanais da Emirates Airlines na rota Dubai-São Paulo-Santiago, no Chile. O presidente citou esforços do governo pela melhoria da conectividade aérea, que tem grandes perspectivas de avanço, com a possível abertura de empresas aéreas brasileiras ao capital estrangeiro. “Com a medida, mais empresas poderão atuar no país, permitindo a chegada de novos investimentos e a ampliação de voos e novas rotas aéreas no Tocantins. Isso é essencial para a expansão do nosso mercado de viagens”, observou Lyra.


A concessão de tarifa reduzida de ICMS no combustível aéreo já aumentou a participação das companhias aéreas nacionais com novos voos no Estado. A redução da tarifa consta de um projeto de lei que foi apresentado pelo governador Mauro Carlesse no mês passado e que teve aprovação na Assembleia Legislativa.


Al Nazari elogiou destinos brasileiros e destacou o grande interesse de cidadãos dos EAU em conhecer atrativos além dos já tradicionais “futebol, samba e turismo de aventura”. Ele enalteceu o potencial dos Emirados Árabes em amplificar a promoção do país, por ser um hub internacional de viajantes. “Nós recebemos turistas de várias nacionalidades, já que muitos deles passam por Dubai, por exemplo. Ou seja, há um grande espaço para o marketing do Tocantins”, argumentou.


O presidente da Adetuc, apontou o sucesso do acordo que isenta brasileiros e cidadãos dos EAU da necessidade de vistos, no sentido de facilitar viagens. Também relatou investimentos árabes em marinas e aeroportos no exterior, aportes estes que o presidente defendeu o empenho do Tocantins em captar.


“Os árabes investem, por exemplo, US$ 1 bilhão nessa área em Montenegro, na Europa, enquanto aqui no Brasil há enormes dificuldades regulatórias e o Tocantins sai na frente, dando benefícios às empresas que queiram aumentar seus voos e suas empresas dentro do Estado e, porque não, para a área internacional”, conclamou Tom Lyra, reforçando a necessidade de “ampliarmos o trabalho voltado à segurança jurídica para atração de investimentos para o Tocantins, que dispõe de inúmeros locais propícios a esse tipo de empreendimento e também para novos voos.”


O representante do governo local sugeriu ainda a participação tocantinense no turismo de negócios em Dubai, com aproveitamento das viagens sazonais, que apresenta atrativos de diversos países. Dubai oferece opções de compra, alimentação e entretenimento. Também participaram do encontro desta segunda-feira representantes dos EAU e empresários tocantinenses.


Facilitação

O acordo bilateral que determina a isenção mútua de vistos entre Brasil e Emirados Árabes Unidos vigora desde 3 de junho do ano passado e pode beneficiar diretamente o Tocantins. O texto do acordo permite que portadores de passaporte comum em visitas de turismo, negócios ou trânsito ingressem, saiam e circulem livremente pelos dois países por até 90 dias, a cada 12 meses. A entrada de viajantes exige apenas a apresentação, na chegada ao destino, de passaportes nacionais com pelo menos seis meses de validade, sem que seja preciso efetuar o pagamento de qualquer taxa.


A medida não vale para fins de estudo ou trabalho. Nestes casos, são necessárias autorizações específicas, emitidas conforme as exigências de cada nação.

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