Governo suspende contrato com empresa de João Olinto; 2ª é convocada para serviços

Segunda colocada em processo de contratação emergencial deve assumir coleta de lixo em 13 hospitais do TO

Caminhão ainda carregado foi encontrado na fazendo do ex-juiz João Olinto
Descrição: Caminhão ainda carregado foi encontrado na fazendo do ex-juiz João Olinto Crédito: Divulgação

O Governo do Estado, por meio da Secretaria de Saúde, suspendeu o contrato com a empresa Sancil Sanantonio Construtora e Incorporadora LTDA que era responsável pelo recolhimento do lixo hospitalar de 13 hospitais do Estado. O ato foi publicado no Diário Oficial da segunda-feira, 12, após escândalo envolvendo o nome da empresa que tem como um dos responsáveis apontados pela Polícia Civil, o ex-juiz eleitoral João Olinto, pai do deputado estadual Olyntho Neto. O contrato firmado em junho deste ano, em caráter emergencial, previa o recolhimento dos resíduos dos hospitais e a destinação final de acordo com a legislação ambiental.

 

Em sua defesa, o secretário de Estado da Saúde, Renato Jayme, esclareceu que a atual gestão, quando assumiu em abril deste ano, deparou-se com um contrato emergencial encerrando e a necessidade de continuidade do serviço nas unidades hospitalares. "Foi verificado, ainda, a não finalização de um processo licitatório que se arrastava desde 2016, autorizou a contratação emergencial segundo os tramites das legislações vigentes que regula a matéria, promovendo ampla divulgação e a oportunidade de empresas de várias partes do país participar", informa em nota do Governo. 

 

No certame participaram três empresas que apresentaram propostas para a contratação emergencial: Dantas e Cavalcante LTDA; Sancil Sanantonio Construtora e Incorporadora LTDA; e Luccan & Beintec, sendo a última desclassificada por falta de documentação no ato de abertura das propostas. O procedimento, dividido em três lotes, tendo como vencedoras as empresas Sancil Sanantonio - que apresentou proposta válida para 02 (dois) lotes (13 hospitais) e Dantas e Cavalcante com 01 (um) lote (05 hospitais).

 

De acordo com o próprio Governo do Estado, a empresa Sancil Sanantonio, após a assinatura do contrato, no decorrer da prestação dos serviços, estava obrigada a apresentar relatórios técnicos, atestados e documentações, como por exemplo, a comprovação da destinação correta dos resíduos, o que não foi apresentado."A Secretaria, ainda no mês de agosto, emitiu a primeira notificação para empresa, solicitando a comprovação da regularidade do serviço e dos documentos necessários para o recebimento dos pagamentos, que até o presente momento não foram realizados. A empresa não recebeu nenhum valor do Estado", informa. 

 

Após a omissão da empresa junto a esta Secretaria de Saúde, somada a denúncia de uma grande quantidade de resíduos acumulados em local inadequado em Araguaína, a Secretaria, pelo bem do interesse público, suspendeu o contrato com a empresa de forma unilateral, está convocando a segunda colocada no processo emergencial para assumir os serviços e recolher os resíduos dos 13 hospitais nos próximos dias e, ainda, irá adotar todas as medidas jurídicas e administrativas cabíveis para a devida apuração das irregularidades e aplicação de penalidades, no que couber, sem prejuízo de ressarcimento ao erário pelos danos causados.

 

A Secretaria ressalta que os contratos firmados emergencialmente com as empresas estão dentro dos valores estimados de mercado, variando de R$ 3,75 a R$ 3,93 por kg. Todas as ações da pasta estão pautadas na legalidade e transparência pública e estão disponíveis para os órgãos de controle e a população.

 

O Governo garante que o procedimento licitatório já foi finalizado, aguardando parecer conclusivo da PGE, para posterior homologação do certame e contratação de empresa para atender a demanda.

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