Os sindicatos que representam os servidores públicos estaduais que estão em greve, estiveram na Assembleia Legislativa (AL) na tarde desta terça-feira, para buscar mais uma vez o apoio dos deputados na abertura de uma negociação com o governo. Eles reivindicam a criação de uma comissão de parlamentares para negociar o pagamento da data-base retroativa e de 2016. Os grevistas passaram o período da manhã na AL buscando o apoio do maior número de parlamentares. Sem sucesso, retornaram para a reunião das comissões, marcada para às 15 horas que não ocorreu por falta de quórum e prometeram retornar à Casa nesta quarta-feira, 24.
O presidente do Sindicato dos Servidores Públicos do Estado do Tocantins (Sisepe-TO), Cleiton Pinheiro disse que, pela manhã os deputados Amália Santana (PT) e Nilton Franco (PMDB) fizeram contato com o Governo, mas por falta de agenda hoje, 23, não seria possível receber nem os sindicatos e nem os parlamentares. "Nós estamos tentando construir uma comissão especial da Assembleia Legislativa, que tem personalidade legal, jurídica de acordo com o regimento da casa e fazer com que o Governo do Estado atenda a revindicação da categoria. Retornaremos amanhã, 24, para cobrar dos deputados que eles sejam mais enérgicos, incisivos nessa cobrança com o Governo do Estado, utilizando todas as ferramentas que eles têm, inclusive de aprovar um requerimento convocando o Governo e Secretário para vir dar as explicações necessárias”, cobrou.
O presidente foi taxativo ao dizer que o movimento permanecerá caso os deputados não consigam negociar com o Governo. “Nós não vamos parar e nem interromper o momento grevista enquanto não tiver resolvido, enquanto não tiver uma solução para o pagamento da data- base. O governador ao assumir fez um juramento de trabalhar pelo Estado e também de cumprir as leis e está descumprimento a lei da data-base, inclusive aprovada aqui na Assembleia Legislativa”,
Em entrevista ao Portal T1 Notícias a deputada Amália Santana confirmou que seu colega parlamentar, Nilton Franco, tentou agendar com o governador, mas hoje não havia disponibilidade na agenda. “Nós estamos trabalhando para ver se conseguimos ir falar com o governador, quem está articulando é o Nilton, todos têm muita boa vontade, mas o fato de todo mundo está envolvido nessa questão eleitoral, acaba dificultando esse encontro”, assume a deputada.
O deputado Elenil da Penha (PMDB) também disse que a proposta dos sindicatos de montar a comissão de parlamentares está sendo avaliada. “Eles permanentemente estão aqui, nós estamos recebendo eles sempre, eu creio que toda proposta é bem-vinda, o importante é que nós avaliemos.Tudo está sendo avaliado com cautela dentro daquilo que for viável. A Assembleia em nenhum momento tem deixado de acompanhar”, afirmou.
O presidente do Sindicato dos Educadores do Estado do Tocantins (Sintec), José Roque também disse que a Assembleia representa a sociedade e tem o dever de cobrar do governo o cumprimento das leis . “Queremos que os deputados façam uma intervenção no sentido de fazer com que o governo se comprometa em resolver o impasse que ele mesmo criou. Se há esse impasse hoje e o movimento grevista de várias categorias é por causa do governo do estado. Se o governo tem problemas ele tem que administrar o problema”, cobrou.
Já o presidente do Sindicato em Saúde do Tocantins (Sintras), Manoel Pereira da Miranda se disse frustrado porque os sindicalistas não conseguiram falar com a maioria dos deputados. “É frustrante o trabalho que a gente tem feito, mas vamos voltar amanhã cedo. As esperanças só renovam, não vamos diminuir o nosso trabalho e a nossa perseverança. Vamos encher as galerias de novo e vamos passar o dia todo aqui”, prometeu.
Atualizada às 19h34
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