Indiciado pela PC, Andrade abre mão de foro e diz prestar esclarecimentos

O trabalho de investigação da polícia verificou que pelo menos seis pessoas eram lotadas no gabinete de Antônio Andrade como funcionários mesmo tendo outros empregos.

Crédito: Da web

Mesmo sendo indiciado pelo crime de peculato pela Polícia Civil, no inquérito envolvendo esquema de funcionários fantasmas, o presidente da Assembleia Legislativa do Tocantins, Antonio Andrade, por meio de nota encaminhada ao T1, disse estar tranquilo quanto as investigações. 

 

Antonio Andrade disse também que tem prestado todos os esclarecimentos que foram solicitados, inclusive abrindo mão de usar o foro privilegiado, a que tem direito. Andrade e o seu filho Tony Andrade (PSD) começaram a ser investigados pela Polícia Civil após denúncia anônima feita ao Ministério Público Estadual (MP/TO). 

 

O trabalho de investigação da polícia verificou que pelo menos seis pessoas eram lotadas no gabinete de Antônio Andrade como funcionários mesmo tendo outros empregos. Durante o cumprimento de mandados de busca contra os suspeitos, a polícia encontrou indícios de que parte do salário recebido por eles era devolvido para Tony Andrade (PSD), filho do presidente da Assembleia. 

 

As suspeitas foram confirmadas pela polícia após quebra de sigilo bancário dos investigados e apresentados em um relatório. Os documentos obtidos pelos policiais apontaram que os servidores depositaram aproximadamente R$ 500 mil na conta de Tony Andrade entre os anos de 2015 e 2019. Outros funcionários fantasmas sacavam o salário e devolviam uma parte para o vereador em espécie.

 

Pai e filho foram ouvidos pela polícia durante as investigações, Tony Andrade não quis se pronunciar e usou o direito constitucional de permanecer calado. Já o deputado Antonio Andrade disse desconhecer o esquema, uma vez que para a contratação os servidores apresentam uma declaração de não cumulação de cargos e posteriormente, uma folha de frequência, referente aos dias trabalhados. 

 

Por meio de nota ao T1, o presidente da Assembleia disse ainda que acredita na Justiça e que continuará trabalhando em prol dos tocantinenses e do Tocantins.

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