Kátia diz que falta vontade ao Estado em fazer obra do HGG que será paralisada

Construtora Coceno responsável pela construção do HGG, anunciou que as obras serão paralisadas em agosto. Kátia Abreu afirma que falta vontade política do Estado em resolver a questão

Hospital deveria ser entregue em 2017
Descrição: Hospital deveria ser entregue em 2017 Crédito: Foto:Secom/Tocantins

A senadora Kátia Abreu (PMDB), autora de emenda parlamentar no valor de R$ 25 milhões, pagos pelo Orçamento Geral da União (OGU/2011), para realização da obra do Hospital Geral de Gurupi, disse ao T1 Notícias na manhã desta segunda-feira, 11, que falta vontade política ao Estado para finalizar a primeira etapa da obra, que será paralisada pela empresa responsável em agosto. A Construtora Centro Norte Ltda (Coceno) tornou público recentemente, à imprensa, que as obras serão paralisadasporque o contrato com o governo do Estado já fez três anos e até o momento a empresa não recebeu o reajuste anual de preços, feito através da correção monetária a partir de um ano de contrato.

 

“Falta sentimento de urgência e vontade política do Governo para resolver o problema. Não há problema sem solução. O mais difícil foi arrumar os recursos e isto eu fiz já tem quatro anos”, afirmou a senadora.

 

Além da emenda de R$ 25 milhões da senadora, datada de 2013, o Estado entrou com contrapartida de R$ 2,854 milhões. Segundo a Coceno, nestes três anos, dos R$ 27,854 milhões totais destinados à primeira etapa da obra, os reajustes já renderam mais de R$ 2,5 milhões.

 

Nessa primeira etapa do Hospital Geral de Gurupi estão sendo construídos três blocos que vão receber a ala administrativa, pronto socorro e ambulatório. Segundo a empreiteira, 47,38% do valor orçado no projeto original, que corresponde a R$13,197 milhões, já foram utilizados, restando R$ R$ 14,657 mi.

 

De acordo com os dados veiculados pela empresa, a dívida do Estado, consequente dos valores que deveriam ser reajustados, já está acumulada em quase R$ 1,2 milhão. Segundo a Coceno, a obra já estava desacelerada e sem realizar compras de materiais. Diversos funcionários já foram demitidos e com a paralisação não há previsão de quando o HGG será finalizado, uma vez que toda a obra era para ser concluída em março de 2017.

 

Outro ponto abordado pela Coceno são os aditivos solicitados pela empresa para corrigir problemas técnicos que estariam impedindo o avanço da obra. A Construtora alega que os aditivos são necessários devido à planilha ser contra a realidade da obra.

 

Seinf responde

Em nota encaminhada ao Portal T1 Notícias, a Secretaria da Infraestrutura, Habitação e Serviços Públicos (Seinf) informou que o contrato da construção da 1ª etapa do Hospital Geral de Gurupi (HGG) foi aditivado em 03/06/2016 e que o processo foi disponibilizado dia 24/06/2016 para a Secretaria adotar os procedimentos referentes à elaboração das futuras medições.  

 

De acordo com a nota, a Seinf diz que os reajustes devidos serão processados a partir da 25ª medição, que é neste mês, julho de 2016 e que o pagamento será efetuado de acordo com disponibilidade financeira da Secretaria da Saúde (Sesau).

 

Ainda segundo a nota, a empresa solicitou a paralização da obra em 21/06/2016, sendo o pedido indeferido em 08/07/2016. Antes, porém, foi solicitado um aditivo que está em análise.

 

A Seinf finaliza a nota dizendo que os aditivos de serviços (ETE – Estação de Tratamento de Esgoto; do S.P.D.A – Sistema de Proteção de Descarga Atmosférica, da Sub-Estação de Energia Elétrica e da Rede de Gases Medicinais) estão sendo encaminhados ao Agente Financiador (Caixa econômica Federal) para autorização da ampliação de metas da 1ª etapa do HGG. 

 

Confira a nota na íntegra:

O Governo do Estado do Tocantins, por meio da Secretaria da Infraestrutura, Habitação e Serviços Públicos (Seinf), esclarece que:

O contrato da construção da 1ª etapa do Hospital Geral de Gurupi (HGG) foi aditivado em 03/06/2016, onde o Governo do Estado incluiu a Secretaria da Infraestrutura, Habitação e Serviços Públicos (SEINF) como interveniente;

O processo foi disponibilizado dia 24/06/2016 para a Seinf adotar os procedimentos referentes a elaboração das futuras medições (25ª medição em diante);

Todos os reajustes devidos serão processados pela Seinf a partir da 25ª medição (julho/2016). O pagamento será efetuado de acordo com disponibilidade financeira da Secretaria da Saúde (Sesau);

A empresa solicitou paralização da obra em 21/06/2016, sendo o pedido INDEFERIDO em 08/07/2016. Ainda em 07/07/2016 foi solicitado aditivo de prazo de mais um ano, o mesmo está em análise;

Os aditivos de serviços (ETE – Estação de Tratamento de Esgoto; do S.P.D.A – Sistema de Proteção de Descarga Atmosférica, da Sub-Estação de Energia Elétrica e da Rede de Gases Medicinais) estão sendo encaminhados ao Agente Financiador (Caixa econômica Federal) para autorização da ampliação de metas da 1ª etapa do HGG;

A aceitação vai depender da análise dos projetos, orçamentos e Anotação de Responsabilidade Técnica (ART´s) apresentadas à CEF.

 

Atualizada às 15h26

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