Maconha é a droga mais apreendida no Tocantins, revela estatística

A pesquisa do Instituto de Criminalística do Estado revela um leve aumento em relação ao ano anterior. Ao todo foram 1181 registros em 2018, contra 1084 em 2017.

Ao todo foram 1181 registros em 2018.
Descrição: Ao todo foram 1181 registros em 2018. Crédito: SSP TO

A droga mais apreendida no Tocantins em 2018 foi a maconha, conforme números do Laboratório de Análises Forenses do Instituto de Criminalística do Estado. A pesquisa revela um leve aumento em relação ao ano anterior. Ao todo foram 1181 registros em 2018, contra 1084 em 2017.

 
 
O ranking aponta ainda um crescimento das ocorrências registradas no órgão em relação às apreensões de crack. Enquanto em 2017 foram 319 registros, em 2018, este número subiu para 432.

 
 
O levantamento também mostra a cocaína em terceiro lugar no varejo das drogas, com 276 ocorrências de tráfico registradas em 2018, contra 184 em 2017. As estatísticas apontam os selos e anfetaminas com 17 ocorrências no ano passado e 34 em 2017 e por fim, o esctazy com 4 registros em 2018, contra 9 em 2017. 


 
Maior circulação

 

Segundo o vice-presidente do Sindicato dos Peritos Oficiais do Estado do Tocantins (Sindiperito), Silvio Jaca, o aumento do tráfico pode significar maior circulação dessas substâncias pelas cidades tocantinenses, como também pode significar maior repressão a este tipo de crime por parte dos órgãos de segurança pública.

 

Isso, segundo ele, normalmente resulta em um número maior de apreensões. "Ao nosso olhar é o mais provável no caso em tela, inclusive se pode notar aumento das apreensões em relação às mais comuns: THC (maconha), crack, cocaína e redução em caso de anfetaminas e outras drogas sintéticas. Este fator coincide com o atual aumento de operações no combate a esse tipo de crime", afirma.



O levantamento aponta também um preocupante aumento no tráfico do crack, quando comparados os anos de 2017 e 2018. "O crack normalmente não é apontado em estudos de forma isolada por ser considerado um subproduto da cocaína, porém, é uma grande preocupação para os órgãos de segurança pública e para a sociedade. O aumento dos registros em 2018 pode indicar um trabalho de repressão mais efetivo das policias contra o tráfico", aponta. 


 
De acordo com Sílvio, a força tarefa do combate ao tráfico de drogas no Estado vem se intensificando no último ano, o que reflete nos índices.
"Houve um claro aumento das apreensões em 2018, o que corrobora a tese de aumento do combate a este crime. Houve também redução de homicídios ligados ao tráfico no começo de 2019, o que evidencia o esforço no combate ao tráfico no Estado e se espera que surta efetivos resultados", pontua. 


 
Como parte importante do trabalho da Segurança Pública, quando se fala em varejo das drogas, o presidente do Sindiperito acredita que a atuação da Perícia é fundamental para o combate à venda de entorpecentes, já que é por meio do trabalho do Perito que se materializa o crime. Sendo possível afirmar apenas após o exame químico definitivo, se a substância apreendida é de fato um entorpecente ilícito. 


 
"Somente assim se pode processar criminalmente o infrator que estava de posse dessa droga. Sem o trabalho do Perito, o Juiz não teria a segurança de condenar alguém por tráfico de uma substância que talvez sequer fosse um entorpecente constante no rol de substâncias ilícitas. Ou seja, a Perícia é o maior garantidor da ampla defesa e contraditório, e por consequência, também dos direitos humanos", finaliza.
 
RANKING DAS DROGAS APREENDIDAS NO TOCANTINS


2018: 
1º THC (maconha) com 1181 ocorrências

2º Crack com 432

3º Cocaína com 276

4º Selos e anfetaminas com 17 

5º Esctazy com 4 ocorrências.



2017: 
1º THC (maconha) com 1084 ocorrências.

2º Crack com 319

3º Cocaína com 184.

4º Selos e anfetaminas com 34 

5º Esctazy com 9 ocorrências.

 

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