Mineradora no TO bate recorde com 63,1 mil toneladas de produção de ácido sulfúrico

Planta de ácido sulfúrico no Sudeste do Estado produziu mais de 63 mil toneladas da substância entre fevereiro e setembro deste ano; 60% do valor fica no município.

Crédito: Divulgação

A empresa responsável pela produção de ácido sulfúrico em Arraias, município localizado no sudeste do Tocantins, divulgou números expressivos no balanço trimestral divulgado recentemente. O Governo do Tocantins avalia positivamente os resultados da planta de ácido sulfúrico tocantinense, que produziu 32.935 toneladas da substância no terceiro trimestre de 2022. Para o governador Wanderlei Barbosa, este resultado na arrecadação da empresa demonstra o potencial mineral do Estado.

 

“Os números desse primeiro ano de retomada da empresa, tão robustos e consolidados, mostram de forma inequívoca o potencial que existe no Tocantins e a importância do Governo em criar políticas públicas que regulam o setor e que tragam mais segurança jurídica para os investidores”, afirmou Wanderlei Barbosa.

 

Considerando fevereiro deste ano, mês em que a Companhia Itafós Mineração LTDA anunciou a retomada da produção e comercialização de ácido sulfúrico em Arraias, até setembro, a produção soma um total de 63,1 mil toneladas. Antes de retomar a operação, as atividades estavam suspensas desde o quarto trimestre de 2019. A planta de ácido sulfúrico de Arraias tem capacidade de produção de 220 mil toneladas por ano.

 

A Agência de Mineração do Tocantins (Ameto) tem acompanhado de perto e com atenção o avanço da produção de ácido sulfúrico na região. O presidente da pasta, Mauro Mota, explica que esta é uma substância importante para a mineração e outros setores industriais.

 

“Com os números que temos alcançado, podemos nos tornar um polo de produção e atender o mercado global, que apresenta demanda crescente desse produto”, disse Mauro Mota. O gestor destacou que até outubro deste ano, as operações referentes ao minério de fosfato em Arraias movimentaram R$ 21.415.394,08. “Desse total, a Itafós fez o repasse de Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais (CFEM) no valor de R$ 447.413,91, do qual o município é beneficiado com 60% desse valor, num total de quase R$ 270 mil”, contabilizou.

 

De acordo com o secretário de Indústria e Comércio (Sics), Carlos Humberto Lima, a instalação da empresa no município passará por um processo de verticalização e trabalhará, também, na produção de fertilizantes, com investimentos programados até 2024, conforme Termo de Acordo em Regime Especial (TARE) assinado com o Governo do Tocantins através da Lei nº 1385/2003, que instituiu o Programa de Industrialização Direcionada (Proindústria). “Nesse novo ciclo de investimentos, serão gerados mais 180 novos empregos diretos e indiretos, além dos 77 já gerados, possibilitando ao Estado do Tocantins um forte volume de arrecadação sobre as mais de 500 mil toneladas de fertilizantes projetados a serem produzidos naquela unidade industrial”, enfatizou o secretário.

 

Ácido Sulfúrico

 

O ácido sulfúrico pode ser utilizado na fabricação de diversos fertilizantes e micronutrientes. Cerca de 60% do todo o produto industrial produzido no mundo é utilizado para a produção de fertilizantes fosfatados. O empreendimento em Arraias é de um complexo industrial verticalizado, desde a produção do minério de fosfato em suas minas, até a produção do produto final industrial, o fertilizante SSP, ou superfosfato simples. O principal aditivo ao fosfato para a produção do fertilizante é o ácido sulfúrico, que também é produzido pela empresa.

 

“Com Arraias consolidada como um polo de produção, nós nos tornamos mais competitivos, já que usamos muito o ácido sulfúrico na flotação de minérios. Assim, o Tocantins ganha mais destaque na planilha de futuros grandes projetos de mineração que consomem ácido sulfúrico no processo de flotação, pois há uma diminuição de custos no processo de produção. Além de fortalecer o município de Arraias e o desenvolvimento do Estado e com a chegada de mais empresas que estão pesquisando o fosfato”, enfatizou Mauro Mota, presidente da Ameto.

Comentários (0)