Moradores de Porto chamam a polícia após falta de atendimento médico em hospitais

A UPA de Porto Nacional acabou registrando lotação na noite de ontem, pela comunidade, que buscou atendimento médico no município, em decorrência da falta de profissionais nos hospitais estaduais

Polícia foi chamada pela população no hospital, em Porto Nacional
Descrição: Polícia foi chamada pela população no hospital, em Porto Nacional Crédito: Divulgação

Na noite de ontem, 2, em Porto Nacional, equipes das Polícias Civil e Militar foram acionadas pela população que aguardava atendimento médico no Hospital e Maternidade Tia Dedé e no Hospital Regional da cidade. Nos locais, pacientes de Porto e de cidades vizinhas esperavam para ser atendidos, mas foram informados que não havia médicos, enfermeiros e outros profissionais para realizarem o serviço. Os servidores estão entre os mais de 15 mil que tiveram seus contratos com o Estado extintos pelo governo no último dia 1º, em ato publicado no Diário Oficial.

 

Conforme informado ao T1 Notícias pelo jornal Porto Mídia, a UPA de Porto Nacional acabou registrando lotação na noite de ontem, pela comunidade, que buscou atendimento médico no município, em decorrência da falta de profissionais nos hospitais estaduais.

 

Ainda de acordo com as informações repassadas ao T1, um paciente que foi vítima de acidente de trânsito foi socorrido pelo Samu, encaminhado ao Hospital Regional em estado grave, mas teve que ser levado à UPA em seguida após não ter sido atendido no hospital.

 

HGP

 

Após a saída dos 15.700 servidores contratados no Estado, o cenário no Hospital Geral de Palmas é semelhante. Desde ontem não há pessoal suficiente para dar assistência aos pacientes por falta de médicos, enfermeiros, técnicos em enfermagem e todas as outras classes de trabalhadores assistenciais que atuam na unidade.

 

Por meio de nota, a Secretaria de Estado da Saúde informou que está organizando as escalas dos profissionais de saúde para atender a demanda dos atendimentos, inclusive no HGP, mas não definiu uma data para regularizar a situação. A Secretaria ressaltou que todos os esforços estão sendo feitos para manter os atendimentos regulares nas unidades hospitalares.

 

Na manhã de ontem, o Sindicato dos Médicos do Tocantins se pronunciou, em nota de repúdio, sobre a extinção de 629 contratos de médicos. O Simed-TO cobrou da gestão uma solução imediata para não prejudicar a população tocantinense, “que, mais uma vez, é a principal vítima dessa gestão instável e inoperante para encontrar soluções definitivas para uma área tão desgastada e fragilizada”, pontuou o Sindicato.

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